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Ride/DF terá 35 municípios - "Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, deve ser inserido"

Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, deve ser inserido na Ride/DF: mais repasses de recursos caso o projeto passe pela Presidência

*Por Flávia Maia

ENTORNO - Depois de aprovada no Senado, a ampliação da Ride-DF -Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno depende da sanção presidencial para entrar em vigor. Com a iniciativa, mais 12 cidades vizinhos à capital poderão receber recursos

Doze novos municípios serão inseridos na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride/DF). O projeto de lei que amplia o número de cidades de 22 para 35 foi aprovado na terça-feira no Senado e seguiu para sanção presidencial. Foram 64 votos favoráveis e um contrário à ampliação da área. Dessa forma, entram na lista 10 municípios goianos e dois mineiros. São eles: Alto Paraíso, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cavalcante, Flores de Goiás, Goianésia, Niquelândia, São João d’Aliança, Simolândia e Vila Propício, além de Arinos e Cabeceira Grande, em Minas Gerais.

O argumento para a aprovação do projeto é a ligação socioeconômica dessas cidades com o Distrito Federal. Para o deputado Rogério Rosso (PSD), autor da proposta na Câmara Federal, ao fazer parte da Ride, essas localidades poderão receber os recursos destinados à região via governo federal e emendas parlamentares. “Com isso, eles poderão desenvolver mais e gerar empregos, e a população não vai precisar usar equipamentos públicos do DF”, justifica. Para ele, mesmo estando em um raio de 400km de distância, muitas cidades dependem da capital federal.

Para a Associação de Municípios Adjacentes ao DF (Amab), da qual fazem parte as 12 cidades limítrofes com o Distrito Federal, participar da Ride é importante, mas os benefícios financeiros vêm em escala menor do que o esperado. O prefeito de Águas Lindas e presidente da Amab, Hildo do Candango, explica que os recursos via Ride exigem que as localidades estejam sem débitos e sem problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Nunca conseguimos pegar recurso da Ride para Águas Lindas, porque a arrecadação do município é baixa e é difícil cumprir os limites com gasto de pessoal”, explica. Para acessar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e fundos, como o de Participação dos Municípios, não é necessária a certidão negativa.

Harmonia
Segundo Rosso, a entrada de mais cidades não repartirá o recurso existente. “A quantidade de recursos dependerá do trabalho das bancadas, não há limite”, explica. O parlamentar afirma que prepara um projeto de lei para normatizar consórcios municipais. “Assim, o acesso será mais facilitado e com menos burocracia para usar os recursos federais”, adianta.

Na votação, o relator da matéria, senador Hélio José (Pros-DF), e os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) defenderam a ampliação da Ride com os argumentos de desenvolvimento de ações governamentais para promover a redução das diferenças socioeconômicas do Entorno.

A Ride foi criada em fevereiro de 1998 e regulamentada em agosto do mesmo ano. De acordo com o texto da legislação, a região integrada tem o objetivo de articular e harmonizar as ações administrativas da União, dos estados e dos municípios. De acordo com o Ministério das Cidades, está previsto repasse de R$ 1,4 bilhão em obras e projetos de saneamento nas localidades integrantes da Ride-DF para 2017.


(*) Flávia Maia – Foto: Breno Fortes/CB/D.A.Press  - Correio Braziliense



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