Composição do metrô em Samambaia: segunda mais populosa cidade do DF vai
ganhar outras duas estações
Montante está previsto nos R$ 42 bilhões do
orçamento total do Governo do DF para o próximo ano. Valor deverá ser destinado
à construção de estações nas cidades por onde o trem já passa e na expansão do
sistema para a Asa Norte
*Por Walder Galvão
O trecho do metrô em Samambaia vai ganhar mais duas estações, nas
quadras 111 e 117. A previsão é de que as obras comecem no início de 2019 e
fiquem prontas em dois anos e meio. O Governo do Distrito Federal anunciou
ontem a abertura da licitação para a empreitada, estimada em R$ 123 milhões. A
verba está garantida por meio do Orçamento Geral da União (88%) e pelo GDF
(12%).
Na solenidade do anúncio da licitação das obras de
Samambaia, o governo informou que o projeto inclui a abertura de mais estações
em Ceilândia e a expansão para a Asa Norte. Não há a garantia de dinheiro para
as obras, nem prazos, mas o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, afirma que
o Ministério das Cidades aprovou os projetos. “Ainda não temos homologação.
Estamos aguardando o sinal verde para iniciarmos o processo licitatório”,
explicou Dourado.
Na terça-feira, durante divulgação do Projeto de
Lei Orçamentária Anual para 2019 (Ploa), o secretário de Planejamento,
Orçamento e Gestão do DF, Renato Brown, informou que parte do orçamento do GDF
previsto para o próximo ano (R$ 42 bilhões) será destinado às obras do metrô.
De acordo com ele, cerca de R$ 400 milhões serão investidos nesse sistema de
transporte.
Rollemberg ressalta que o investimento no metrô gera empregos e
desenvolvimento econômico da região
Samambaia ganhará 3,7km de trilhos, beneficiando
até 10 mil moradores. De acordo com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), a
expansão do metrô significa 3 mil carros a menos nas ruas da capital. “Esse
projeto é uma alegria muito grande, porque há quase 30 anos não havia processo
de expansão do metrô”, ressaltou. O projeto prevê a construção de três viadutos
— sendo dois rodoviários e um metroviário —, quatro passarelas para pedestres e
uma subestação de energia.
Assim que as obras tiverem início, o processo de
construção será realizado em três etapas. Marcelo Dourado explicou que,
inicialmente, será feita a estruturação do local, em seguida, será dado o
início ao processo de modernização. “O segundo e terceiro momento envolvem
sinalização do sistema e implementação da energia elétrica”, detalhou.
Residências
Outro projeto citado pelo governador durante o
lançamento da licitação das obras em Samambaia, ontem, foi a da construção de
um complexo residencial próximo de onde serão erguidas as duas estações. “É
muito importante registrar que teremos uma ocupação residencial nas quadras 100
ímpares”, comentou. De acordo com ele, as novas residências próximas aos
terminais terão o objetivo de dar maior eficiência e movimentação nas estações.
Para Rollemberg, o investimento no metrô significa
geração de emprego, desenvolvimento econômico e expansão urbana. “Esse tipo de
transporte é moderno, seguro e ambientalmente correto”, comentou. Além da verba
para a construção de novas estações, o governador destacou que o metrô também
iniciará um processo de modernização, que contará com maior eficiência na
comunicação e no transporte em si.
Mais obras
Este ano, o GDF investiu mais de R$ 40 milhões na
construção de três terminais do metrô: as estações 106 Sul, 110 Sul e a Estrada
Parque, em Águas Claras. Todas as construções devem ser entregues até o fim do
ano.
As estações da Asa Sul contarão com travessia para
pedestres entre os eixos W e L. No entanto, essa parte das obras deve ficar
pronta apenas no início de 2019. Enquanto as estações estão sendo construídas,
o trânsito na área teve que sofrer desvios.
Para saber mais - Obras tiveram início há
25 anos: A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal
(Metrô-DF) foi criada em dezembro de 1993 para administrar a obra e os serviços
do metrô brasiliense. O transporte de passageiros começou efetivamente em 2001.
Hoje, 24 trens circulam em horário de pico, mas a frota é de 32. Por dia, cerca
de 160 mil pessoas circulam nas 24 estações do Metrô.
Sertanejo raiz na Estação Central
A dupla Macedo e Mariano canta clássicos, hoje, das 17h às 18h, sob a
Rodoviária do Plano Piloto
No improvável espaço, um palco montado, uma dupla
de violeiros tipicamente caipira. Atrás deles um baixista e um acordeonista. No
ar, a melodia de canções que fizeram parte da infância de muita gente. Clássicos
da música sertaneja de raiz como O menino da Porteira e Jorginho do Sertão.
Este momento pode ser apreciado por quem passar pela Estação Central do
Metrô-DF, sob a Rodoviária do Plano Piloto, hoje, das 17h às 18h.
A dupla Macedo e Mariano fará a última apresentação
da série de shows do projeto Recorte Histórico da Música de Viola Caipira, que
passou pelas estações de Taguatinga e de Ceilândia, sempre acompanhados por uma
intérprete de libras, que usa a linguagem de sinais para levar aos deficientes
auditivos a mesma alegria transmitida aos ouvintes pelas canções caipiras. Os
cantores produziram ainda um teaser com audiodescrição e folhetos em braile
para deficientes visuais.
O Recorte Histórico da Música de Viola Caipira
integra o projeto Cultura no Metrô. Criado em 2015 pela estatal que administra
o transporte sobre trilhos, ele inclui outros formatos culturais, como filmes,
exposições artísticas, teatro, dança e batalhas de rimas. Para participar da
iniciativa, os interessados devem entrar no site do Metrô, acessar a aba
“serviços e cultura”, ler o regulamento, preencher uma ficha de inscrição e
enviar para a Assessoria de Comunicação avaliar.
(*)
Walder Galvão – Fotos: Monique Renne/C.B./D.A.Press - Carlos
Vieira/CB/D.A.Press – Paulo Braga – Correio Braziliense
Tags
GDF