Com R$ 2,4 milhões, Flávia Arruda, mulher do
ex-governador José Roberto Arruda, lidera o ranking - Flávia Arruda (alto
esq.) recebeu quase o limite legal de gasto, de R$ 2,5 milhões; Laerte Bessa
(alto dir.) é correligionário de Flávia e aparece na segunda colocação; Do
total de R$ 1,854 milhão, Celina Leão (baixo esq.) recebeu 97% do partido;
Paula Belmonte (baixo centro) é mulher de um dos principais financiadores deste
pleito; Filippelli (baixo dir.) é presidente licenciado do MDB e aparece em
quinto na lista(foto: CB/D.A Press)
Dos 191 candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para
a disputa pela Câmara dos Deputados pelo DF, cinco declararam arrecadação
superior a R$ 1 milhão. Mulher do ex-governador José Roberto Arruda (PR),
Flávia Arruda (PR) lidera a lista dos mais ricos, com R$ 2,4 milhões recebidos
por meio de doações. O valor acumulado pela ex-primeira-dama é maior do que o
embolsado por oito dos 10 concorrentes ao Palácio do Buriti — a empresária
perde apenas para Rodrigo Rollemberg (PSB) e Alberto Fraga (DEM), cabeça de
chapa da qual ela faz parte, formada por DEM, PR, PSDB e DC.
O limite legal de gastos na campanha pela Câmara
dos Deputados é de R$ 2,5 milhões. Assim, Flávia está próxima ao teto. Todo o
montante arrecadado, de acordo com o portal da Justiça Eleitoral, provém dos
cofres do PR. A empresária é a principal aposta da legenda na disputa. Em 2014,
ela chegou a concorrer à Vice-Governadoria na chapa de Jofran Frejat (PR). À
época, o marido da ex-primeira-dama deixou a disputa às vésperas da eleição,
mas reorganizou o grupo, colocando o médico na corrida pelo Buriti e a mulher
como número dois da chapa.
Correligionário de Flávia, Laerte Bessa, que tenta
a reeleição, recebeu, no total, R$ 2.002.300 — do montante, R$ 2 milhões foram
doados pela legenda. Policial aposentado, ele conquistou 32.843 votos em 2014 e
ficou com uma vaga no Legislativo federal, puxado pelo quociente da chapa, que
contava com Alberto Fraga, deputado federal do DF mais votado naquele ano.
Na terceira colocação, aparece a distrital Celina
Leão (PP), com R$ 1,854 milhão em arrecadação para a campanha. Prioridade do
partido na disputa pela cadeira, a parlamentar recebeu R$ 1,8 milhão da direção
nacional da sigla, o que representa 97% do total. À época da filiação e da
negociação de coligações, Celina ganhou do presidente nacional da agremiação,
Ciro Nogueira, a garantia de que não seria sacrificada para viabilizar acordos.
O compromisso foi fator decisivo na escolha do PP por apoiar Ibaneis Rocha
(MDB) e, não, Fraga ou Eliana Pedrosa (Pros) na disputa pelo Executivo local.
Correligionário da deputada, Olair Francisco acumula R$ 614 mil, sendo R$ 600
mil de origem partidária.
Mulher de Luis Felipe Belmonte, um dos principais
financiadores de campanha neste pleito, Paula Belmonte (PPS) investiu na
própria candidatura R$ 1,451 milhão. Não constam, nos registros do TSE,
recebimentos dos cofres da sigla. Paula e o marido estão em lados diferentes na
eleição. Primeiro suplente do candidato ao Senado Izalci Lucas (PSDB), ele
integra a chapa de Fraga. A empresária concorre na coligação de Rogério Rosso
(PSD).
O ex-vice-governador e presidente licenciado do
MDB, Tadeu Filippelli, ocupa a quinta posição, com R$ 1,055 milhão. Do total,
R$ 1 milhão provém da direção nacional da legenda e outros R$ 53 mil do
diretório regional. O emedebista concorre na mesma chapa de Celina Leão. Nas
contas da coligação, os dois seriam eleitos. Integrante da coalizão que tem
Ibaneis como candidato ao Buriti, Filippelli é o responsável pela articulação
que levou o advogado à legenda.
Abaixo de R$ 1 mi: Na chapa de Rosso,
destaca-se o distrital Julio Cesar (PRB), pastor da Igreja Universal do Reino
de Deus. O parlamentar conta com R$ 516.343,47. Do montante, R$ 465 mil vem da
legenda. Outros R$ 30 mil foram doados pelo aspirante ao Senado Fernando Marques
(SD), o mais rico entre os candidatos do DF, conforme declaração de bens ao
TSE. O PSD também desembolsou verba para o pastor: R$ 20,7 mil.
Neto do ex-governador Joaquim Roriz (sem partido),
Joaquim Roriz Neto (Pros) concorre pela segunda vez à Câmara dos Deputados —
nas urnas, usará o mesmo nome do avô. Em 2014, com uma campanha curta,
conquistou 29.481 votos. Desta vez, com a peregrinação iniciada mais cedo,
espera conquistar a vaga. No total, o candidato arrecadou R$ 489.090,01. Todo o
valor saiu da direção nacional do partido.
Correligionário de Joaquim Roriz Neto, o senador
Hélio José detém R$ 629.775 — montante investido pelo Pros em sua candidatura.
O parlamentar, que ocupava a 1ª suplência de Rollemberg, chegou ao Congresso
Nacional quando o socialista venceu as eleições para o Buriti, em 2014. Pelo
mesmo partido, concorrerá Zé Edmar, que dispõe de R$ 150 mil, verba também
doada pela sigla.
Na coligação que dá suporte à candidatura de
Rollemberg, a ex-governadora Maria Abadia (PSB) acumula a maior cifra: R$
701 mil. Em seguida, aparece o correligionário e ex-secretário de Cidades,
Marcos Dantas, com R$ 500 mil. Professor Israel, que concorre pelo PV, acumula
463.066.
Fonte
Correio Braziliense
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ELEIÇÕES 2018