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Patrimônio de candidatos do DF triplicou entre 2014 e 2018


Patrimônio de candidatos do DF triplicou entre 2014 e 2018
As novas regras para o financiamento das campanhas atraíram milionários para a disputa. Com isso, a soma do patrimônio de todos os candidatos que disputaram as eleições no Distrito Federal triplicou, entre 2014 e 2018. Há quatro anos, os políticos que entraram na corrida eleitoral em Brasília tinham bens que, juntos, totalizavam R$ 506,1 milhões. Este ano, esse valor chegou a R$ 1,47 bilhão. Os três partidos que concentraram mais candidatos milionários foram Solidariedade, MDB e Novo. Os dados foram inflados com a candidatura do empresário Fernando Marques (SD) ao Senado. Com patrimônio declarado de R$ 668 milhões, ele foi o candidato mais rico de todo o Brasil.

Distrital mais rico terá que vender empresa
Futuro distrital com o maior patrimônio de todos os eleitos para a Câmara Legislativa, o empresário José Gomes (PSB), 36 anos, terá que se desfazer de parte dos negócios para tomar posse na Casa. Dono da Real JG Serviços Gerais, ele declarou bens que somam R$ 33,8 milhões. A empresa já recebeu R$ 258 milhões do Governo do Distrito Federal desde 2013 e tem contratos com as secretarias de Agricultura, Fazenda, Educação, Trabalho, Planejamento, com o Detran, DFTrans e DER. O Artigo 62 da Lei Orgânica do Distrito Federal determina que, a partir da posse, os distritais não podem ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que tenha contrato com pessoa jurídica de direito público. Ou seja, a Real JG, que está registrada na Junta Comercial em nome de José Gomes, com capital social de R$ 32 milhões, terá que ser vendida até dezembro para que ele tome posse.

Firmas ligadas a quatro deputados faturaram, juntas, R$ 1,8 bilhão
José Gomes se junta à bancada dos empresários prestadores de serviço da Câmara Legislativa. A empresa Brasfort, de familiares de Robério Negreiros (PSD), acaba de bater a marca de R$ 1 bilhão em contratos com o governo, desde 2010. Robério foi releeito com 18,8 mil votos. Novato na bancada, Eduardo Pedrosa (PTC), sobrinho da candidata e ex-distrital Eliana Pedrosa, é parente dos proprietários da Dinâmica Administração e Serviços, que faturou R$ 434 milhões na última década. Já Rafael Prudente é ligado à empresa 5 Estrelas Sistemas de Segurança, pertencente a familiares do distrital reeleito, e que recebeu R$ 50 milhões do GDF desde 2009.

Menos Brasília?
Os dois candidatos que disputam o governo no segundo turno, Ibaneis Rocha (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB), estão neutros com relação à eleição para o Palácio do Planalto. O governador e candidato à reeleição não deve alterar seu entendimento até 28 de outubro e Ibaneis Rocha diz que ainda aguarda uma sinalização dos candidatos à Presidência da República com propostas para a capital federal para se posicionar. Segundo ele, com o slogan da campanha de Bolsonaro, “Mais Brasil e menos Brasília”, é complicado um candidato ao governo do DF apoiá-lo.


Helena Mader – Coluna “Eixo Capital” – Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A.Press – Blog – Google – Correio Braziliense



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