Recém-eleito
distrital, Eduardo Pedrosa foi condenado por homicídio de
trânsito
Eleito
deputado distrital com 12,8 mil votos pelo PTC, Eduardo Pedrosa terá de dividir
o tempo entre os trabalhos parlamentares e a prestação de serviços à
comunidade. O jovem de 28 anos foi condenado em 2015 a dois anos de detenção
por homicídio culposo na direção de veículo automotor. A pena foi convertida em
outras restritivas de direito. Sobrinho de Eliana Pedrosa (Pros), ele foi
considerado culpado pelo acidente que matou a estudante da UnB Laís Pimenta, 21
anos, em 2011. Eduardo saía de uma festa e, segundo a polícia, dirigia a uma
velocidade de, no mínimo, 125km/h em uma noite chuvosa. Ele se recusou a fazer
o teste do bafômetro. O Hyundai Azera conduzido pelo recém-eleito colidiu
contra a traseira do Escort da estudante, que morreu na hora. O carro de Laís
virou um irreconhecível emaranhado de ferro.
Recursos
em série contra execução da pena
A defesa
de Eduardo Pedrosa já apresentou uma série de recursos contra a condenação,
todos rejeitados pelo Tribunal de Justiça do DF. Ele tenta postergar o início
do cumprimento da pena de prestação de serviços à comunidade, para que a
execução só ocorra após o trânsito em julgado do processo. Para o Ministério
Público, como ele já foi condenado em primeira e segunda instâncias, tem que
começar a cumprir a pena. O caso foi ao STJ, que negou novo recurso ao
político. O acórdão da decisão foi publicado no mês passado e, com isso, o
início da execução da pena pode coincidr com a posse do novo parlamentar.
“Sem
culpa”
O
recém-eleito parlamentar alegou no processo não ter culpa do acidente e afirmou
que conduzia na velocidade da via “quando um carro entrou repentinamente à sua
frente, não havendo tempo suficiente para evitar a colisão entre os veículos”.
A defesa questionou ainda o laudo pericial relativo ao acidente, com o
argumento de que os peritos oficiais “sonegaram informações, para não terem o
trabalho questionado”. Eduardo Pedrosa garantiu não ter bebido na noite do
acidente. No processo, há registros de uma confusão no hospital entre o
delegado que investigava o crime e o pai do jovem, para que ele não fizesse o
teste do bafômetro. Ao condenar o político, o juiz do caso mencionou que “chama
a atenção o elevado número de infrações administrativas cometidas por Eduardo,
em razão de excesso de velocidade em outros veículos dos quais foi proprietário
- (Hyundai i30, Toyota Hilux, Pajero
Dakar)”.
Raio-X
dos eleitos
Dos 38 candidatos eleitos no último dia 7, só 28%
são mulheres. O número inclui as duas suplentes de Leila do Vôlei (PSB) — Leany
Lemos (PSB) e Ivonete Nascimento (PCdoB). Entre os escolhidos no DF, 32 têm
ensino superior completo, dois têm ensino superior incompleto, dois terminaram
o ensino médio e dois não completaram o ensino fundamental. Com relação ao
estado civil, 30 são casados, quatro, divorciados, e quatro afirmaram serem
solteiros. No questionário sobre cor e raça, dos 38 eleitos pelos brasilienses,
26 são brancos, 9 pardos e apenas três pretos.
Ex-aliados de Rollemberg ficaram sem mandato
Nos bastidores, correligionários de Rodrigo
Rollemberg comentam sobre o desempenho de antigos aliados que romperam com o
governador, partiram para outras coligações e saíram derrotados. Entre os
ex-parceiros que deixaram o chefe do Executivo e acabaram sem mandato estão o
atual vice-governador, Renato Santana (PSD), e Professor Paco (Podemos), que
disputaram uma vaga de deputado federal sem sucesso, além do senador Cristovam
Buarque (PPS), que não conseguiu a reeleição. A análise de aliados do
governador é que parte dos “traidores” poderia ter sido eleita no grupo de
Rollemberg, caso não tivesse deixado a aliança. Entre os que romperam, a grande
vencedora foi Celina Leão (PP), que conseguiu um mandato de federal depois de
se fortalecer com a imagem de anti-Rollemberg.
Helena
Mader – Coluna ‘’Eixo Capital” – Fotos: Ed Alves/CB/D.A.Press – Marcelo
Ferreira/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
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ELEIÇÕES 2018