Deputado
Distrital Eleito Hermeto (PHS)
“Enquanto nós dividimos os Órgãos de segurança,
quem ganha é o bandido que está na rua. nosso inimigo é o bandido”
Acha que os policiais militares aceitam ter uma
mulher no comando da PM?
Só foi questionada a forma. A Polícia Civil teve a
chance de ser ouvida e indicou três nomes. O Corpo de Bombeiros também foi
ouvido. É só isso que questionamos. Não somos contra, de jeito nenhum, a
escolha da coronel Sheyla. É até um orgulho ter uma mulher à frente da nossa
corporação.
Acredita que a PM terá o mesmo reajuste prometido
para a Polícia Civil?
Sim. Ouvi isso quando tomei café na casa do
governador. Ele me reafirmou categoricamente que terá o mesmo reajuste e nas
mesmas condições.
De quanto? 37%?
Sim.
Você é contra um civil no comando do Gabinete de
Segurança Institucional?
Não sou contra, desde que haja alternância no
comando do GSI. O governador (eleito) entregou isso ao secretário de Segurança.
Ele me disse que isso pode ocorrer.
Na área de segurança, o que você vai defender na
Câmara Legislativa?
Vou defender a integração entre as polícias, os
órgãos de segurança, para que as nossas corporações unidas possam combater a
criminalidade. Quero ressaltar que, enquanto nós dividimos os órgãos de
segurança, quem ganha é o bandido que está na rua. Nosso inimigo é o bandido.
Quem vai ser o próximo presidente da Câmara?
Vou votar num que tenha o perfil de agregador, que
possa fortalecer a Câmara em benefício da população e que possa manter a
harmonia entre os poderes e a independência do Poder Legislativo. Esse é o meu
candidato.
Você será oposição ou base do governo Ibaneis?
Pelo bem da população do Distrito Federal, pela
Polícia Militar, serei base do governo, desde que o governador cumpra as
promessas de campanha.
Qual promessa será mais difícil para Ibaneis
cumprir?
Saúde será a área mais difícil que ele vai
encontrar.
Acredita que a nova legislatura vai extinguir a
verba indenizatória?
Acredito que não.
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Cotado para o comando da PF virou Secretário de
Segurança
Chefe de gabinete do deputado Fernando Francischini
(PSL/DF), o delegado Anderson Torres chegou a ser cotado para a direção-geral
da Polícia Federal no governo Bolsonaro. Francischini é aliado de primeira hora
do presidente eleito. Mas essa possibilidade era forte antes do sim de Sergio
Moro ao convite para comandar o Ministério da Justiça. Os nomes preferidos de
Moro para a PF são os delegados da Lava-Jato em Curitiba, o superintendente
regional do Paraná, Mauricio Valeixo, ou Erika Marena, que esteve à frente da
operação e hoje está em Sergipe.
Perfil PF
O futuro secretário de Segurança Pública Anderson
Gustavo Torres segue um perfil iniciado no DF durante o governo Arruda, quando
o delegado da Polícia Federal Valmir Lemos assumiu a pasta. Em seguida, houve
outros: Daniel Lorenz e Sandro Avelar, no governo Agnelo Queiroz, e Edval
Oliveira e Cristiano Barbosa, na administração Rollemberg.
Denunciado por tortura, absolvido pela Justiça
O futuro secretário de Segurança Pública do DF,
Anderson Gustavo Torres, foi absolvido de uma denúncia de tortura em abril deste
ano. Em julho, a Justiça Federal também julgou improcedente uma ação de
improbidade administrativa pelos mesmos fatos. A denúncia do Ministério Público
Federal narrava que Anderson e mais cinco policiais federais teriam submetido
dois homens suspeitos “a tortura física e psicológica, mediante o emprego de
violência e de grave ameaça, com o fim de que confessassem envolvimento em
furto ocorrido, dias antes, na residência de dois dos denunciados”. Em
alegações finais, entretanto, o próprio MP sustentou a inexistência de provas
do crime de tortura e pediu a absolvição dos réus. “O fato de os policiais
federais terem autuado em desacordo com a sua atribuição funcional não importa
em indício da prática do crime de tortura, mas de irregularidade administrativa”,
diz um trecho de decisão da Justiça relacionada ao caso.
Futuro a Deus pertence
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ainda não
decidiu o que pretende fazer a partir de janeiro de 2019. Deve tirar férias no
começo do ano e licença para descansar e, em seguida, voltar para a política.
Um dos possíveis caminhos será presidir a Fundação João Mangabeira, centro de
estudos de formação política do PSB. O cargo era exercido por Renato Casagrande
nos últimos quatro anos, quando ele esteve sem mandato. Agora, Casagrande volta
ao governo do Espírito Santo.
Ensaio para o Planalto
O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) não esconde
que tem planos de voar alto na política. Sonha disputar a Presidência da
República. Precisa fazer um governo com alto índice de aprovação e se tornar um
político de projeção nacional
Possível candidata ao STF
No Twitter, a deputada eleita Bia Kicis (PRP/DF)
comentou a proposta de abolir a PEC da Bengala, que ampliou para 75 anos a
idade máxima para permanência de magistrados na ativa. “Uma mexida no STF fará
bem à democracia”, disse. E incentivou a divulgação: “Se você concorda, dá um
RT”. Se isso ocorrer, o presidente Jair Bolsonaro poderá indicar quatro
ministros para o STF. Procuradora aposentada do DF e aliada do futuro presidente,
Bia pode se tornar uma candidata a ministra.
Disputa pela OAB/DF na Justiça
A duas semanas da eleição da OAB/DF, a disputa foi
parar na Justiça. O candidato Délio Lins e Silva Júnior ajuizou uma
queixa-crime contra o adversário Jacques Veloso. O motivo foi um vídeo com
denúncia apontada por Délio como falsa, que teria sido divulgado por
integrantes da chapa, em que o acusam de ter usado dinheiro das anuidades da
OAB/DF para pagar “festinha particular” para conselheiros federais, em março de
2010. À época, Délio era conselheiro da Seccional. Segundo a ação, passados
oito anos, nem Veloso, que é o atual secretário-geral da entidade, nem a gestão
anterior, do seu grupo, questionaram o evento. Délio sustenta que o vídeo
contém uma acusação de cunho estritamente eleitoral.
Jacques confirma vídeo
Candidato da situação, o advogado Jacques Veloso
admite a autoria do vídeo contra Délio Lins e Silva Júnior. Ele afirma que a
acusação é verdadeira, baseada em fatos reais. “É um fato inconteste. Houve uma
festa na casa do pai dele custeada pelas anuidades da OAB. É um desvio de
finalidade”, afirma. Délio, por sua vez, rebate. Ele afirma que foi um evento
institucional promovido em conjunto pela diretoria da Seccional e o Conselho
Federal da Ordem — sem a sua participação. “Foi realizado na casa de meu pai,
conselheiro federal à época, a pedido dos dirigentes do órgão. O pedido para
usar sua residência foi exatamente para evitar custos com aluguel de espaço, ou
seja, foi um favor prestado por meu pai”.
Ana Maria Campos - Coluna "Eixo Capital"
- Fotos: Barbara Cabral/CB/D.A.Press - Ed Alves/CB/D.A.Press - Ana Rayssa/CB/D.A.Press - Valério Ayres/CB/D.A.Press - Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press - - Correio Braziliense