Eleições
OAB-DF 2018 - Chapa Ordem Democrática 40͟ tem 71 mulheres e 34
homens, composição de gênero inédita na história da OAB no Brasil
Única mulher a concorrer à presidência da Seccional
neste pleito, Renata Amaral defende prerrogativas da categoria, diversidade e
avanços sociais
Pela primeira vez na trajetória das eleições na OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil) em todo o país, uma chapa que disputa uma
seccional é formada por 2/3 de mulheres. Na disputa pela OAB-DF, a Ordem
Democrática 40 é a grande surpresa deste pleito: traz a advogada Renata Amaral
como a única candidata a presidente, disputando com três homens. Ela lidera uma
chapa composta por 71 mulheres e 34 homens. O grupo participa do pleito marcado
para o próximo dia 29 de novembro. Quem vencer irá comandar a OAB-DF no triênio
2019-2021.
A partir da defesa das prerrogativas da categoria,
a Ordem Democrática defende a presença da OAB-DF como partícipe dos movimentos
democráticos na garantia das conquistas da cidadania. Assim, sua plataforma é
voltada também para a diversidade e pautas sociais como previstos
constitucionalmente. Entre as propostas, a criação de creches para crianças de
até três anos, filhos de advogados, nas dependências da Caixa de Assistência
dos Advogados do Distrito Federal (CAADF); a isenção de anuidades para
gestantes no ano de nascimento da criança e a criação das comissões de
advocacia negra e de políticas de drogas.
SOBRE A CANDIDATA A PRESIDENTE, RENATA AMARAL -
Única mulher na disputa, Renata Amaral tem reconhecida experiência na Advocacia,
com atuação destacada nos Tribunais Superiores. É sócia do primeiro escritório
de advocacia feminista do Distrito Federal, que coleciona casos importantes no
enfrentamento à violência contra as mulheres. Desempenhou relevante trabalho à
frente das Comissões de Assuntos Constitucionais e da Mulher Advogada da
OAB-DF, na gestão 2013-2015, onde era Conselheira Seccional.
80% de MULHERES - A diretoria da chapa conta com
participação de 80% de mulheres e ampla maioria nos cargos de Conselheira/o
Federal, sendo cinco das seis cadeiras ocupadas pelo DF, entre titulares e
suplentes. Na diretoria da Caixa de Assistência (CAADF), a chapa chega a trazer
mulheres em 100% de sua composição.
Diante de tudo que se anuncia nesse momento crucial
e delicado que passa o País, com o anúncio de práticas opressoras e que violam
as garantias constitucionalmente previstas e o Estado Democrático de Direito,
entendemos que era urgente trabalhar pelo resgate institucional da Ordem na
defesa da Democracia, da advocacia e da sociedade. E esse resgate, urgente e
necessário, virá pelas mãos das mulheres, afirma Renata.
A chapa traz como vice a advogada criminalista
Maria Victoria Hernandez, também com experiência nos Tribunais Superiores,
assessorias no Senado Federal e cargos de chefia na Secretaria de Direitos
Humanos e na Secretaria Geral do Governo Federal. Renata e Maria Victória
costumam se apresentar como copresidentes da chapa, patenteando o modelo que
defendem de uma gestão participativa e horizontalizada.
INTEGRANTES DO GRUPO - A diretoria da chapa conta
com o advogado da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC, Ábiner Gonçalves
(secretário-geral); a ex-Procuradora-Chefe na Fundação Escola Nacional de
Administração Pública-ENAP, Fabiana Matos (secretária adjunta); e Nathália
Waldow (tesoureira), da Associação das Advogadas pela Igualdade de Gênero, Raça
e Etnia. No Conselho Federal, são indicadas a advogada ícone no enfrentamento
ao racismo, Vera Lúcia Araújo, e referência advocatícia nas áreas eleitoral e administrativa,
com ocupação de diversos cargos jurídicos nas administrações federal e
distrital; membro da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas
pela Democracia. Também compõe o Conselho a advogada Ilka Teodoro, que presidiu
a Comissão da Mulher Advogada da OAB-DF e foi conselheira da gestão 2013-2015,
e Rafael Dubeux, mestre em relações internacionais e ex-assessor jurídico na
Controladoria-Geral da União. Para a CAADF, estão Terezinha Nunes (presidente),
Carolina Costa Ferreira (vice), Melina Faria (secretária-geral), Aline Hack
(secretária adjunto) e Christiane Nóbrega (tesoureira).
RESGATE HISTÓRICO - O nome Ordem Democrática
remonta à chapa liderada pelo ministro Sepúlveda Pertence nas eleições da
OAB-DF de 1983. Vera Lúcia Araujo, candidata a conselheira federal na chapa
atual, jovem advogada na época foi entusiasta do movimento que contava nomes
expressivos como Sigmaringa Seixas, Herilda Balduíno e José Geraldo de Souza
Júnior. Recuperar a história é uma forma da chapa assentar sua marca de
compromisso com a elevação do respeito à advocacia num ambiente institucional
democrático.
Engenho Criatividade e Comunicação