Lula, Dilma, Palocci e Mantega viram réus por desvio de R$ 1,48 bilhão
Os petistas vão responder por organização criminosa. O ex-tesoureiro do PT João
Vaccari Neto também é alvo da ação penal
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília,
acatou denúncia do Ministério Público e tornou os ex-presidentes Luiz Inácio
Lula da Silva e Dilma Rousseff em réus por organização criminosa. Além deles,
mais dois antigos ministros da Fazenda também vão responder ao processo:
Antonio Palocci e Guido Mantega, assim como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari
Neto.
De acordo com o Ministério Público, o grupo foi responsável por desvio
de R$ 1,48 bilhão da Petrobras. Os esquemas também envolviam as empreiteiras
Odebrecht, OAS, UTC e Andrade Gutierrez. "Pelo menos desde meados de 2002
até 12 de maio de 2016, os denunciados, integraram e estruturaram uma
organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma
Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para
cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração
pública em geral", informou o MPF em nota.
O juiz Vallisney de Souza Oliveira disse que a denúncia do MP é
"apta a dar início à ação penal". O pedido de abertura de processo
foi feito primeiramente pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao
Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro de 2017.
O ministro Edson Fachin, que é relator da Lava-Jato, dividiu o processo
em março de 2018, transferindo para a primeira instância os casos envolvendo
pessoas sem foro privilegiado. A senadora Gleisi Hofmann também está envolvida,
mas o caso está sendo tratado no STF.
O juiz determinou que a defesa dos acusados seja notificada para
apresentar resposta às acusações em até 15 dias. Caso sejam condenados, podem
pegar de três a oito anos de prisão.
Por Hamilton Ferrari – Fotos: Nelson Almeida/AFP – Carlos
Moura/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
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JUSTIÇA