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Parlamentares sem compostura -

Parlamentares sem compostura

*Por Circe Cunha 

Desde o primeiro momento em que foi anunciada a maioridade política da capital federal, nessa coluna foi acesa a lâmpada amarela da atenção e do alerta. Já naqueles longínquos dias de 1988, os receios de quem viu a cidade nascer eram de que os dias de paz e tranquilidade haviam ficado para trás definitivamente. Ari Cunha sabia que Brasília acabaria seguindo pelos mesmos descaminhos das demais capitais do país, envolvidas numa sequência infindável de casos rumorosos de escândalos políticos. A previsão, infelizmente, se confirmou.

A representação política, nos moldes estabelecidos, criou, aqui, uma casta de políticos alojados em superestruturas de poder, que passaram a onerar ainda mais a população local, drenando recursos preciosos e escassos. De lá para cá, as sequências de más notícias e manchetes denunciando o comportamento inadequado e mesmo criminoso de muitos parlamentares locais passaram a envergonhar os cidadãos locais, enganados por falsos discursos em época de eleição, numa triste rotina.

O país inteiro, e não seria exagero dizer, o mundo conectado passou a assistir ao desfile de políticos da terra sendo cassados, processados e presos ao vivo. Rememorar neste espaço os inúmeros casos ocorridos, apenas para confirmar nossas previsões, de nada adiantaria. Mas a repetição, agora no encerrar do ano legislativo da Câmara dos Deputados, o que os brasilienses foram obrigados a assistir foi ao mais do mesmo, só que em dose dupla na área federal.

Dois representantes da população, Alberto Fraga (DEM)  e Laerte Bessa (PR), conhecidos pela truculência frequente com que encaram as disputas políticas, praticamente interromperam a sessão da Câmara dos Deputados, em que ensaiaram um redemoinho de briga típica de adolescentes mal resolvidos, típico de filmes de bangue-bangue de terceira qualidade, com personagens beirando a terceira idade.

Interessante é que ambos integram a chamada Bancada da Bala, o que poderia transformar o plenário da Câmara num campo de guerra. Felizmente, dessa vez, a população menos antenada e mais conectada não reelegeu esses representantes sem postura, o que deixa um certo alívio para todos, principalmente para as pessoas que querem o desenvolvimento da cidade pela inteligência e não pela violência.

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A frase que foi pronunciada
“A violência é o último refúgio do incompetente.”
(Isaac Asimov)


(*) Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha - Foto/Ilustração: Blog – Google – Correio Braziliense





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