Comissão formada
por mais de 2.200 aprovados para o cargo de secretário escolar, da Secretaria
de Educação, doou 500 máscaras especiais que facilitam a leitura labial, que
beneficiarão surdos do Distrito Federal. Os insumos seguirão para a Pastoral
dos Surdos para beneficiar parte dos 2.500 atendidos em todo o DF.
As máscaras foram
confeccionadas com recursos dos próprios integrantes da comissão. De acordo com
a presidente do grupo, Sol Ferreira, as ações sociais tiveram início bem antes
da pandemia do coronavírus se espalhar pelo mundo, com doação de cestas
básicas, marmitas em hospitais e viadutos do DF, além da doação de brinquedos.
“Com a Covid exigindo o isolamento social de todos, pensamos em fazer as
máscaras que vão beneficiar surdos e outros deficientes auditivos, como idosos
que, muitas vezes, também têm dificuldade em ouvir e necessitam da leitura
labial para se comunicarem melhor”, explicou.
Discurso endossado
pela coordenadora da Pastoral dos Surdos do Gama, Tatiane Pires, que ressaltou
a problemática vivida pelos surdos, após a necessidade do isolamento social.
“Muitos estão depressivos. Temos até alguns casos de pensamentos suicidas. O surdo
acabou ficando isolado duas vezes com o uso das máscaras neste momento”, disse.
Ao todo, o Distrito Federal tem uma população de cerca de 80 mil surdos e
deficientes auditivos, segundo dados do último Censo do IBGE. A cidade que
reúne o maior número deles é o Gama. “Por isso, começaremos a distribuição das
máscaras por lá, abrangendo também Santa Maria”, finalizou Tatiane.
A esposa do
vice-governador Paco Britto, Ana Paula Hoff, recebeu a comissão e elogiou o
trabalho da comissão da confecção das máscaras – que são feitas em tecido e
plástico na área da boca, onde a região fica transparente, proporcionando a
leitura labial. “É um trabalho inclusivo. O uso da máscara é vital, é
necessário, mas tem um grupo, como o dos surdos, que necessitará de um formato
diferenciado”, lembrou.
Ainda de acordo
com Ana Paula, o momento de dificuldade enfrentado por todos com a pandemia do
coronavírus tem fortalecido as relações humanas de uma forma diferente. “Hoje
em dia ficamos muito mais felizes em ajudar do que ser ajudados. Todo mundo
começou a enxergar o outro. O vírus colocou todos no mesmo barco, carentes de
um abraço, de ver quem amamos, sofrendo com o isolamento”, concluiu. Para
Tatiana, a máscara adaptada trará mais conforto para os surdos e fará com que
as dores do isolamento social ao menos se “igualem” às de quem está em casa,
com a possibilidade de conversar com quem também está na residência, por
exemplo.
Doe para o comitê
Todos Contra a Covid; Banco de Brasília (BRB) – 070; Agência:
0027; Conta Poupança: 0027.049528-2; CNPJ: 02.174.279/0001-55; Instituto BRB de
Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Socioambiental
Por Lívio di
Araújo
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