Ex-senador tenta reverter a decisão que o torna inelegível até 31 de janeiro de 2027
Depois de ter o mandato de senador cassado no ano passado, Demóstenes Torres (ex-DEM) tenta agora reverter a decisão que o torna inelegível até 31 de janeiro de 2027. O ex-senador - e hoje Procurador de Justiça – interpôs recurso ao Ministério Público Federal visando a redução do prazo de sua inelegibilidade. O pedido, porém, foi negado pelo órgão.
Demóstenes pretende fazer com o que o prazo de oito anos em que estaria impossibilitado de se candidatar corra ainda dentro do período do mandato que teria direito se não tivesse sido cassado, o que possibilitaria sua candidatura a partir de 2023. Para o Ministério Público Federal, no entanto, a discussão é inoportuna, já que os oito anos de inelegibilidade somente são contados após o fim do prazo restante do mandato, ou seja, apenas depois de 2019.
No ofício do Ministério Público é enfatizado que a “dupla contagem de um mesmo período, para dois prazos distintos não merece acolhida, devendo haver contagem sucessiva, como em todas as demais hipóteses de inelegibilidade”. O processo voltou para o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás e deve ser julgado em breve.
Demóstenes teve seu mandato cassado por suposto envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Após sua destituição do cargo, voltou a assumir a função de Procurador de Justiça no Ministério Público de Goiás (MP-GO). Desde então vem sofrendo dificuldades dentro do órgão depois que foi protocolado contra ele um pedido de afastamento devido ao “constrangimento” causado ante seu retorno.
(Thiago Burigato-Jornal Opção)

