Sem nome para lançar à presidência da Casa, a fim de concorrer com Renan Calheiros (PMDB-AL), senador do PDT pelo DF distribui carta aos senadores citando "falta de transparência", "desvios éticos" e "submissão" ao Executivo. Parlamentar quer apoio para divulgar documento com cobrança de compromissos do próximo presidente.
Brasília 247 – O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) tem distribuído aos colegas uma carta com duras críticas à atual gestão do Senado e fazendo cobranças ao próximo parlamentar que assumir o cargo de presidente da Casa, provavelmente Renan Calheiros (PMDB-AL). No texto, Cristovam cita a "falta de transparência", os "desvios éticos", a "submissão" ao Executivo e "inoperância" nos últimos anos.
O Senador do Distrito Federal faz parte do grupo de independentes que combate a volta de Renan Calheiros ao comando do Senado. O grupo, formado também pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), defende outras candidaturas contra o peemedebista, que não tinha concorrentes até Randolfe lançar seu nome, conforme,, anunciou nesta segunda-feira ao 247.
Cristovam agora tem recebido sugestões dos colegas e busca apoio para a divulgação de um novo documento com cobranças ao próximo presidente, independente de quem seja. Para o parlamentar, é necessário "recuperar a eficiência e a credibilidade" da Casa.
Mencionando a "inoperância", o senador recorda a não apreciação de 3.060 vetos presidenciais acumulados por quase 20 anos e chama de "ridícula" a tentativa de votá-los todos numa tarde – como foi a intenção no final do ano, em meio a disputa dos estados para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff sobre a nova lei de partilha dos royalties do petróleo.
"Nos últimos anos o Senado tem acumulado posicionamentos que desgastaram sua imagem perante o povo brasileiro, especialmente pela falta de transparência, pela edição de atos secretos, pela não punição exemplar de desvios éticos e pela perda da capacidade de agir com independência", declara Cristovam. O pedetista compara a disputa marcada para o próximo dia 1º de fevereiro às eleições do passado, quando eram comandadas por "coronéis".

