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"Deputada Distrital Liliane Roriz (PSD) : No calcanhar do governo"


Deputada foi a escolhida para assumir a presidência da Comissão de Educação, Saúde e Cultura. Ciente dos inúmeros problemas que as áreas enfrentam, ela garante que vai fazer o papel de fiscalizadora


Eleita deputada distrital nas eleições de 2010, Liliane Roriz (PSD) assume o desafio de acompanhar os dois grandes gargalos do atual governo - a educação e a saúde pública - à frente da presidência da Comissão de Educação, Saúde e Cultura. Em entrevista ao Jornal da Comunidade, a parlamentar  diz estar consciente dos desafios, assim como foi na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Liliane aponta os principais erros da atual gestão e assume uma provável candidatura ao governo do Distrito Federal. Entre os principais projetos para os três setores estão: negociação com os servidores da educação, buscar soluções para o caos instaurado na saúde pública e uma rígida fiscalização dos eventos culturais promovidos pelo GDF.


Quais são as metas da Comissão de Educação, Saúde e Cultura para os próximos dois anos?

Nosso principal objetivo é colocar a Câmara Legislativa mais perto da população. Na Comissão de Assuntos Sociais, na qual fui presidente, percebi que a população precisava ter a oportunidade de falar, denunciar, reclamar e pedir um pouco mais de atenção. Demos esse espaço e o resultado foi muito bom. Não quero fugir disso na Comissão de Educação, Saúde e Cultura.

E como pretende fazer isso?

Sabemos que essa comissão tem uma demanda maior pelo fato de a saúde necessitar de uma atenção especial. Vemos a todo momento que faltam medicamentos e as autoridades precisam se posicionar e dar uma resposta para a população. Faremos blitze nos hospitais, pois quero entender como funciona o mecanismo de atendimento nos centros clínicos. Entendo e percebo que, hoje, os servidores da saúde precisam ser valorizados. A minha primeira iniciativa foi propor uma conversa com o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, para ter um diagnóstico do que está acontecendo na saúde, mas ainda não tive retorno. O sistema público de saúde tem pressa e  nosso papel como fiscalizador é primeiro entender como tudo funciona.

E a educação?

A educação também terá uma atenção especial, faremos blitz para entender as condições das instituições de ensino do DF. Saber se elas oferecem segurança e estar atenta, principalmente, às escolas rurais. É preciso também dar mais valor aos pontos turísticos e à cultura da cidade. Tenho uma grande tarefa de tentar convencer o governo a fazer o museu do Athos Bulcão, porque estamos perdendo uma grande oportunidade de os visitantes de Brasília terem acesso a essas obras.

Com relação aos eventos culturais promovidos pelo GDF, a comissão pretende acompanhar e fiscalizá-los de perto?

Bem de perto. Nós sabemos que os eventos culturais são importantíssimos para a cidade. Então vamos fiscalizar todas as emendas e os recursos que o governo tem colocado na cultura e ter a certeza de que estão sendo bem empregados.  

Os professores ameaçam uma nova greve. A comissão pretende ajudar nas negociações?


Quero marcar uma audiência com o secretário de Educação para que ele me coloque a par da situação e me mostre quais as reais necessidades dos servidores da educação. Queremos, sim, atuar junto nas negociações. E, claro, estamos à disposição para um diálogo com os professores, se assim eles quiserem.

A senhora será candidata ao Governo do Distrito Federal?

Aceitaria esse desafio. Mas agora estou preocupada com meu mandato, em levar um pouco mais de esperança para essas áreas que parecem estar esquecidas .

Caso seja eleita governadora, qual seria a participação do seu pai, Joaquim Roriz, no governo?

Caso isso aconteça ele será o meu grande conselheiro. É um privilegio poder contar com um político como ele. Tenho muita sorte de ter um pai amoroso e um político reconhecido, preocupado com a cidade. Com certeza vou fazer bonito!

Existe a possibilidade de sair do PSD?


Não tem nenhuma possibilidade. Acredito no bom senso do Gilberto Kassab e do Rogério Rosso, presidentes nacional e local, respectivamente, no sentido de não apoiar esse atual governo, que tem índice de 70% de reprovação. Se o entendimento for esse, continuarei no partido.


Já recebeu convite de outros partidos? 

Sim, recebi.

Quais?

Formalmente, só PSDB.

Existe uma chance de aliança com o senador Rodrigo Rollemberg?

Não parte só da minha vontade, é um conjunto de pessoas. Mas se ele tiver uma proposta boa para nossa cidade, por que não? Temos muita semelhança no sentido de dar atenção à cidade.

Faça uma análise do atual governo

Nesses dois anos do governo atual, a minha postura foi de observadora. Tive paciência de ficar mais tranquila, pois sei que não devemos esperar ações imediatas. Nós do governo sabemos que as coisas são lentas. No entanto, o tempo que passou já demonstrou o que é o governo do PT. É um governo inoperante, sem gestão. Eles não se entendem e quem está sendo prejudicada com isso é a cidade, a população. Foi prometido pelo governador Agnelo Queiroz que a saúde seria prioridade. Mas, é lamentável ouvir todos os dias nos noticiários da cidade o quanto o sistema chegou ao caos. Avalio que foi um governo sem gestão, e não há falta de médicos e nem de dinheiro disponível. A meu ver, é pura falta de gestão do governador e de seus aliados.

(Natalia Rabelo - nrabelo@jornaldacomunidade.com.br )

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