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"Ex-ministra Erenice Guerra ainda articula acordos políticos e negocia projetos bilionários"


Após deixar o governo em meio a denúncias de cobrança de propina de empresários, aex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra ainda atua nos bastidores do Palácio do Planalto ao articular acordos políticos e receber “autoridades do primeiro escalão do governo para negociar acordos bilionários”. As informações são da revista Veja, que chegou às bancas neste sábado (6).

A reportagem afirma que Erenice esteve com Dilma e sua comitiva em Fortaleza na semana passada. A presidente esteve na cidade para cumprir agenda política. Na ocasião, Dilma se encontrou com governadores do Nordeste e discutiu ações de combate à seca.

Segundo a revista, Erenice teria se apresentado a políticos, sempre como interlocutora do governo, para cobrar “empenho na campanha pela reeleição da petista”. Ela ainda quis saber, segundo a reportagem, quem “simpatizava com Eduardo Campos (PSB), o aliado que pode virar adversário na corrida presidencial”.

A ex-ministra trabalha no escritório de advocacia dos irmãos em Brasília — Guerra Advogados — e mantém bom trânsito com senadores da República a funcionários do alto escalão do governo, diz a revista.

Na relação com empresários, Erenice também estaria intermediando acordos comerciais entre a Petrobras e um empresário russo. Em dezembro, diz a revista, Erenice teria recebido um investidor interessado comprar usinas de álcool e acertar negócios na petroleira brasileira. Procurada pela revista, Erenice se defendeu e disse que “está apenas trabalhando”.

— Infelizmente ou felizmente, fiz relações de amizade com pessoas que trabalham no governo, mas não faço negócios com o governo e não trato de assuntos da Presidência.   Erenice foi a terceira a comandar a Casa Civil no governo Lula (2002-2010), ao suceder Dilma Rousseff e, antes dela, José Dirceu — este condenado no julgamento do mensalão a uma pena de dez anos e dez meses pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Erenice assumiu a Casa Civil em março de 2010, assim que a presidente Dilma Rousseff, então ministra da pasta, deixou o cargo para disputar as eleições presidenciais daquele ano. Menos de meio ano depois, em setembro de 2010, ela deixou a pasta após denúncias de cobrar propinade empresários interessados em fazer negócios com o governo.

De acordo com publicação da revista Veja da época, com a ajuda do seu filho Israel Guerra, Erenice teria montado no Palácio do Planalto uma central de lobby que cobrava uma taxa de 6% em cima de negócios com empresários interessados em fazer negócios com o governo.

Em julho de 2012, quase dois anos depois da denúncia contra Erenice, a Justiça Federal em Brasília decidiu acatar recomendação do MPF (Ministério Público Federal) e arquivou o inquérito que apurava a suposta cobrança de propina de empresários.

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