O deputado Izalci(PSDB/DF)subiu à tribuna na sexta-feira (31) para mais uma vez cobrar do Tribunal de Contas e do Ministério Público providências imediatas para barrar a farra dos cachês superfaturados que vem sendo pagos pelo GDF aos artistas contratados para shows comemorativos na capital.
O último cachê abusivo foi pago ao cantor Amado Batista que recebeu R$ 400 mil pela participação na festa de aniversário do Itapoã, cidade que carece de infraestrutura, melhores condições de transporte, educação e saúde e que gastou mais de R$ 1 milhão para celebrar seu aniversário. Segundo Izalci, o caso do Itapoã não é isolado.
“Denunciamos que, no Orçamento de 2011, em praticamente todas as administrações regionais, o custo com eventos chegava próximo de 80% do orçamento daquela unidade”. O parlamentar tucano revelou que recebeu denúncias sobre duplas caipiras e cantores, cujos cachês não passam de R$ 5 mil, mas nas festas e shows realizados pelo GDF, o valor pago é de R$ 40 mil.
Para Izalci, o caso de Amado Batista que costuma receber em torno de R$ 150 mil para apresentações em outras cidades, vem se repetindo em Brasília rotineiramente. O parlamentar tucano lembrou ainda que na celebração dos mil dias que antecederam a Copa, a cantora Cláudia Leitte recebeu um cachê de R$ 460 mil, quando em outras cidades não passa de R$ 210 mil.
O deputado Izalci também cobrou providências sobre a questão da renda do jogo Flamengo X Santos na inauguração do Estádio Mané Garrincha. “O GDF cobrou, pela utilização do estádio, que vai custar quase R 1,6 bilhões, apenas R$ 4 mil em um evento que rendeu quase R$ 6 milhões à empresa organizadora”, lamentou. “Mas vamos ficar de olho para saber quem são esses empresários. É um absurdo. O Ministério Público tem que tomar as providências”, cobrou o parlamentar tucano.