Cristovam diz que Dilma precisa ouvir
os criticos e faz alerta contra a crise
Em pronunciamento nesta quinta-feira (13), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a presidente Dilma Rousseff precisa ouvir mais aqueles que fazem críticas ao governo federal e dialogar mais com os oposicionistas. O parlamentar disse que é um otimista em relação ao Brasil, mas assegurou que vai continuar alertando o governo para a crise econômica que ameaça o país.
O senador manifestou sua preocupação com os gastos públicos, a falta de inovação na economia, a queda na produtividade e a falta de competitividade internacional.
Cristovam citou a Grande Depressão de 1929, com a queda da bolsa de valores de Nova York, e uma das maiores inflações do mundo que atingiu a Alemanha, nos anos 20, para sustentar que as grandes crises anunciam-se aos poucos, não acontecem de repente.
A gente tem que estudar é o que tem nas entranhas da economia, aquilo que os economistas chamam de sua estrutura e aí nós temos que estar preocupados, eu nem digo pessimistas, eu disse preocupados – reiterou.
Nesse sentido, o parlamentar destacou os acordos internacionais que estão deixando o Brasil isolado ao lado dos países do Mercosul; a crise na educação; a preferência pelo consumo imediato, em vez de uma poupança que permita investir e consumir no futuro.
Nós não queremos que essas crises venham, não queremos dar um passo atrás – disse o sebador, alertando que desejar isso “seria uma estupidez, um suicídio e falta de patriotismo”.
O parlamentar ressaltou, no entanto, que o governo entender que a crise que o país atravessa é muito mais grave do que vem sendo dito.
Ao comentar a comparação que a presidente fez, conforme mostrou a imprensa, entre a oposição e o “velho do Restelo”, personagem pessimista e conservador dos Lusíadas, de Camões, que alertava para os perigos das grandes navegações na primeira expedição às Índias, e exalta as virtudes do Portugal agrário, Cristovam respondeu que há uma diferença.
- Talvez eu esteja errado, mas velho do Restelo eu não sou, porque eu estou dentro do barco, não estou olhando da praia – disse.
Informações da Agência Senado.