Os médicos, que agora têm o expediente controlado por meio de ponto eletrônico, consideram que a gestão tem sido ineficiente nesse sentido. “A capacidade do hospital não está sendo 100% utilizada por deficiência de recursos humanos, de gestão e políticas públicas. Quem fica com a culpa são os profissionais”, dispara Gutemberg Fialho, do Sindmédico-DF.
Imprevistos que atrasam os trabalhos
Mais uma vez, quem mais sai prejudicada é a população. Usuária do Sistema Único de Saúde, Maria do Carmo conta que o marido, Antônio das Neves, teve de retirar pedras da vesícula no Hran e esperou meses para ser operado. “Ele começou a sentir as dores, marcou a consulta, fez os exames e ficou correndo atrás. Toda vez que vinha tentar marcar era um problema. Davam esperanças para ele, mas não dava certo, sempre falavam que era algum imprevisto”, lembra a dona de casa.
DEFICIÊNCIAS
As irmãs Karla Marques e Sabrina de Araújo fizeram juntas a cirurgia bariátrica no Hran, para redução de estômago, no ano passado. Todo o processo, desde o acompanhamento psiquiátrico e nutrição, durou dois anos. “A média de espera é essa mesmo, porque temos que chegar a um peso ideal para fazer a cirurgia. Mas espaço para fazer a operação tem. O que acontecia às vezes era falta de material, de técnico de enfermagem ou anestesista”, diz Karla.
Versão Oficial
De acordo com a Secretaria de Comunicação do GDF, os novos técnicos em enfermagem tomarão posse em 1º de novembro, e nos dias 4 a 6 passarão por curso. Depois é que passarão a atuar nas unidades de saúde. O Hran possui oito centros cirúrgicos, três centros obstétricos, três blocos cirúrgicos auxiliares, todos em funcionamento. Atualmente, a unidade conta com 812 técnicos em enfermagem. A média diária de cirurgias é de 45 procedimentos .