Segundo informações da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (DECO), os administradores são supeitos de cobrar propina a empresários para liberação de alvarás de funcionamento e construção de estabelecimentos comerciais. Na operação, empresários foram intimados a esclarecer os casos em depoimento, entre eles, o ex-vice governador Paulo Octávio, que também não foi localizado.
Ao todo, são 12 mandados de busca e apreensão. No caso de Paulo Octávio, foram três: dois em escritórios e um na casa do ex-governador. O advogado de Paulo, Carlos Eduardo de Almeida Castro, informou que ele está em Brasília e deve prestar esclarecimentos ainda nesta tarde. De acordo com o diretor da PCDF, Jorve Xavier, "Paulo Octavio não deveria ter o nome divulgado ainda", porque não há provas suficientes de que ele participa do crime.
Ainda segundo Xavier, o administrador de Taguatinga será encontrado, caso não se apresente. "Vai ser pior para ele e para a família, pela vergonha da situação. Está claro que a conduta dos dois administradores induz ao crime", disse Xavier. Pela manhã, policiais civis apreenderam diversos documentos na sede da Administração de Taguatinga.
Em nota oficial, o Governo do Distrito Federal (GDF) esclareceu que "a decisão é exonerar imediatamente os agentes públicos que tiveram prisão temporária decretada". Confira a nota na íntegra:
"É princípio deste governo não pactuar com atos corruptos, nem admitir em seus quadros a permanência de agentes envolvidos em irregularidades.
A operação desencadeada pelo GAECO, do MPDFT e pela DECO, da Polícia Civil do DF, tem o total apoio desta gestão e está sendo feita em sintonia com os princípios norteadores da transparência exigida por nós. É decisão deste governo exonerar imediatamente os agentes públicos que tiveram prisão temporária decretada.
Caso haja outros servidores públicos relacionados à questão, serão imediatamente afastados, para evitar qualquer obstáculo às investigações. O Governo do Distrito Federal está colaborando, em todos os níveis, com a apuração dos fatos em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e Polícia Civil - DF".