O Banco de Brasília alugou um prédio por 10 milhões de reais, valor a ser pago durante o período do contrato de cinco anos, para instalar seu Datacenter. O imóvel, porém, não tem condições de abrigar a área de tecnologia do BRB. O acordo já vai entrar no terceiro mês (são 185 mil mensais) sem que uma máquina sequer seja instalada. O Ministério Público está investigando o caso.
O prédio fica no Trecho 17, uma quadra nova do Setor de Indústria e Abastecimento. Não há estacionamento, nem garagem. Há indícios inclusive de que não exista habite-se. Também não passa uma linha regular de ônibus pelas proximidades. Para abrigar o Datacenter, serão necessárias reformas a cargo do BRB avaliadas em mais de dois milhões de reais.
A edificação pertence a Leonardo Valverde. Suspeita-se que seja o mesmo empresário ligado ao secretário de Publicidade André Duda. Léo, como é conhecido, é de Goiânia e tem um pé no mercado publicitário de Brasília, por meio de empresas de mídia publicitária exterior em sociedade com Bruno Filippelli, filho do vice-governador Tadeu Filippelli.
Enquanto o Datacenter não é transferido, os profissionais de T.I. do Banco de Brasília continuam ocupando instalações alugadas junto à Regius. O valor do contrato é de 60 mil reais mensais, ou seja, 200% mais barato que o novo aluguel. Servidores do próprio BRB avaliam que seria mais conveniente reformar as atuais instalações.
As denúncias que chegaram ao Ministério Público indicam que, além do valor exorbitante do aluguel do prédio no Setor de Indústria e Abastecimento, causa indignação o período do contrato – cinco anos. Isso porque, pelo projeto do próprio BRB, as instalações definitivas do Datacenter serão inauguradas na Cidade Digital no mais tardar em três anos.
Fonte: Notibras