Por: Renato Riella
A presidente Dilma Rousseff tem tudo para ganhar a eleição em primeiro turno, no dia 5 de outubro, se depender somente da performance dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O maior risco que ela corre de ir para o segundo turno é se acontecer o crescimento de candidaturas em partidos pequenos.
Entre nomes que assustam o Palácio do Planalto destaca-se o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Mesmo num partido nanico teria chance de ultrapassar os 10%, desequilibrando a balança no primeiro turno.
Não se pode desprezar a chance de crescimento do candidato do PSOL, o jovem senador Randolfe Rodrigues. Mas já bombardearam tanto esse partidinho...
Outro nome potencial é o general da reserva Augusto Heleno, que pode disputar a eleição por algum partido ainda indefinido. Há expectativa de que milhões de descontentes optem por um nome da chamada direita. E ele é o homem.
MAIS DE 50% DOS VOTOS
Dilma tem hoje cerca de 45% dos votos. Levando-se em conta o percentual de 15% a 25% de votos nulos ou em branco, sua presença na eleição estaria acima dos 50%, com garantia de vitória em primeiro turno.
Presume-se que, quando o ex-presidente Lula entrar em campanha, o percentual de Dilma cresça ainda mais.
Além disso, se ela garantir o apoio do PMDB, terá praticamente metade do tempo na propaganda eleitoral gratuita, o que é um grande trunfo para uma candidata que poderá pagar os melhores marqueteiros do país.
Há outros fatos e fatores a favor da Dilma. Um deles é a Copa do Mundo, principalmente se o Brasil for campeão – o que não é difícil.
O outro é a sua ausência quase certa nos debates de TV. Pode alegar, de forma inteligente, que qualquer debate representará a tentativa de massacre de uma mulher por quatro ou cinco homens truculentos.
E surge um fator a favor da Dilma que ninguém está levando em conta. Trata-se da decisão do Supremo Tribunal Federal, praticamente assegurada (faltando um voto), pela qual as doações das empresas às campanhas eleitorais estarão proibidas.
Aécio Neves e Eduardo Campos vêm trabalhando intensamente a insatisfação dos grandes grupos empresariais do Sul do país, para que despejem fortunas nas suas campanhas. Se o STF proibir isso, somente pessoas físicas poderão doar, o que é muito pouco, permitindo a Dilma deitar e rolar com a estrutura que já possui – inclusive a desleal estrutura de governo.
Os comentaristas políticos abordam as coisas de modo fatiado. No conjunto dos fatores, como estou expondo aqui, Dilma é quase imbatível.
Mas o Brasil pode perder a Copa... o STF pode decidir manter as doações das empresas... as manifestações de rua podem voltar... pode até cair um meteoro, botando o mundo de cabeça para baixo.
* Renato Riella, Jornalista, com quase 40 anos de atuação em Brasília. Hoje atua como consultor de marketing político e empresarial
A presidente Dilma Rousseff tem tudo para ganhar a eleição em primeiro turno, no dia 5 de outubro, se depender somente da performance dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O maior risco que ela corre de ir para o segundo turno é se acontecer o crescimento de candidaturas em partidos pequenos.
Entre nomes que assustam o Palácio do Planalto destaca-se o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Mesmo num partido nanico teria chance de ultrapassar os 10%, desequilibrando a balança no primeiro turno.
Não se pode desprezar a chance de crescimento do candidato do PSOL, o jovem senador Randolfe Rodrigues. Mas já bombardearam tanto esse partidinho...
Outro nome potencial é o general da reserva Augusto Heleno, que pode disputar a eleição por algum partido ainda indefinido. Há expectativa de que milhões de descontentes optem por um nome da chamada direita. E ele é o homem.
MAIS DE 50% DOS VOTOS
Dilma tem hoje cerca de 45% dos votos. Levando-se em conta o percentual de 15% a 25% de votos nulos ou em branco, sua presença na eleição estaria acima dos 50%, com garantia de vitória em primeiro turno.
Presume-se que, quando o ex-presidente Lula entrar em campanha, o percentual de Dilma cresça ainda mais.
Além disso, se ela garantir o apoio do PMDB, terá praticamente metade do tempo na propaganda eleitoral gratuita, o que é um grande trunfo para uma candidata que poderá pagar os melhores marqueteiros do país.
Há outros fatos e fatores a favor da Dilma. Um deles é a Copa do Mundo, principalmente se o Brasil for campeão – o que não é difícil.
O outro é a sua ausência quase certa nos debates de TV. Pode alegar, de forma inteligente, que qualquer debate representará a tentativa de massacre de uma mulher por quatro ou cinco homens truculentos.
E surge um fator a favor da Dilma que ninguém está levando em conta. Trata-se da decisão do Supremo Tribunal Federal, praticamente assegurada (faltando um voto), pela qual as doações das empresas às campanhas eleitorais estarão proibidas.
Aécio Neves e Eduardo Campos vêm trabalhando intensamente a insatisfação dos grandes grupos empresariais do Sul do país, para que despejem fortunas nas suas campanhas. Se o STF proibir isso, somente pessoas físicas poderão doar, o que é muito pouco, permitindo a Dilma deitar e rolar com a estrutura que já possui – inclusive a desleal estrutura de governo.
Os comentaristas políticos abordam as coisas de modo fatiado. No conjunto dos fatores, como estou expondo aqui, Dilma é quase imbatível.
Mas o Brasil pode perder a Copa... o STF pode decidir manter as doações das empresas... as manifestações de rua podem voltar... pode até cair um meteoro, botando o mundo de cabeça para baixo.
* Renato Riella, Jornalista, com quase 40 anos de atuação em Brasília. Hoje atua como consultor de marketing político e empresarial