Na vida, como na política, aos dias seguem-se as noites. Eppur si muove. Decisão do Supremo Tribunal Federal, em 16 de fevereiro último, considerando que a Lei Complementar nº135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa, é constitucional, alcançou, de pronto, oito políticos do Distrito Federal. Alguns ainda alimentavam o desejo de se candidatar a novos cargos no Executivo e no Legislativo. A relação com o nome e o que ocasionou a condenação definitiva de inelegibilidade de cada um está na internet para os interessados.
O que importa é que um projeto de lei, de iniciativa popular, com mais de 1,3 milhão de assinaturas, conseguiu, apesar das primeiras procrastinações do Congresso e da própria Justiça que olhava de soslaio a iniciativa, extirpar momentaneamente da vida pública cidadãos que não mereceram a confiança depositada nas urnas pela sociedade brasileira.
No DF, outros políticos da cidade ainda estão aguardando decisão final de órgão colegiado. Poderão engrossar a lista. Para uma capital novata em termos de representação política, o número surpreende e deixa à mostra o fato de que o velho jeitinho maroto de fazer política, já conhecido Brasil afora, aportou em Brasília, mas tem os dias contados. Tudo vai depender da dobradinha eleitor—Justiça. Mas há também a turma dos que querem ficar na marra. Vale lembrar: eles não aprenderam nada e não se esqueceram de nada.
A frase que não foi pronunciada
“O final de um governo fala mais que mil palavras.”
Frase do Manual Imaginário Eleições 2014.
Coluna : Visto, lido e ouvido - Correio Braziliense