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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL: A INDIGNAÇÃO DOS ARTISTAS

"Eles (deputados distritais) estão tirando sarro com Brasília. Todos nós trabalhamos muito, menos eles", Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial.
O elevado custo dos parlamentares aliado à baixa produtividade deles gera revolta na classe artística. Informados do custo de cada sessão na Câmara dos Deputados e na Câmara Legislativa, conforme mostrado ontem pelo Correio, os músicos Dinho Ouro Preto e Digão não pouparam críticas aos representantes do Legislativo.

Para Dinho, há uma completa inversão de valores por parte dos deputados. “Não é à toa que o Legislativo é a principal fonte do mal do nome dos políticos. Acredito que o custo alto, a sensação de que o Brasil carrega um fardo nas costas e que ali rola um grande clientelismo ocorre porque, salvo exceções, a maioria está mais interessada em resolver os próprios interesses do que os interesses maiores do Brasil”, criticou o vocalista da banda Capital Inicial.

"Os brasileiros trabalham durante a semana e fazem bico no fim de semana para sobreviver, enquanto um deputado trabalha só um dia por semana. É muita cara de pau", Digão, vocalista e guitarrista dos Raimundos

Na avaliação dele, não se pode generalizar, pois há “um punhado de bons nomes” na política, que acabam misturados com a maioria mal-intencionada e “viram farinha do mesmo saco”. Quanto à situação específica dos distritais, que definiram que haverá apenas uma sessão deliberativa por semana, às terças-feiras, Dinho é enfático: “Eles estão tirando sarro com Brasília. Todos nós trabalhamos muito, menos eles.”

Já Digão, da banda Raimundos, avalia que a decisão dos distritais de trabalhar, na prática, apenas uma vez por semana “é uma afronta à inteligência da população”. “Os brasileiros trabalham durante a semana e fazem bico no fim de semana para sobreviver, enquanto um deputado trabalha só um dia por semana. É muita cara de pau”, afirmou. “Sou artista e trabalho fim de semana, virando noite e trabalhando duro”, acrescentou.



Por: Diego Abreu - Correio Braziliense - 04/04/2014

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