O abandono do antigo Hospital São Braz, na EQS 713/913, leva insegurança aos moradores da região. O aspecto do prédio piora com as janelas quebradas e com as pichações nas paredes, que caem aos pedaços.
Sem tapumes para interditar o edifício nem seguranças, o lugar virou abrigo para moradores de rua, segundo denúncia recebida pelo Correio. De acordo com a assessoria de Comunicação da Administração Regional de Brasília, o hospital foi fechado há pelo menos quatro anos. Como o espaço é de propriedade privada, as autoridades não podem entrar no local nem demoli-lo.
O edifício fica em frente ao Centro de Ensino Fundamental Polivalente. Os pais estão entre os mais preocupados com a situação. É o caso da estudante Suzane Moreira, 42 anos, moradora da 214 Sul, e mãe de três filhos, de 10, 11 e 14 anos. “Eles são grandes o suficiente para ir e voltar sozinhos à escola, mas eu não deixo. Fico com medo de quem fica no prédio. Já ouvi muita história sobre assaltos nas proximidades”, relata. O diretor do Polivalente, Cléber Villa Flor, reclamou diversas vezes sobre o caso com as autoridades. “Muitas alunas se queixaram de que os moradores de rua costumam mostrar as partes íntimas para elas quando passam perto do hospital”, diz.
Ao redor do prédio, o lixo se acumula entre o mato que cresce sem nenhum cuidado, situação propícia para a proliferação de ratos e de outras pragas. Muitos sem-teto também usam o local para tomar banho e fazer as necessidades. “A pior parte do problema é a sujeira. Evito passar perto do local por causa disso”, conta o técnico Paulo Viveiros, 30, que trabalha em uma quadra próxima.
Denúncia
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) informou que foram identificadas oito pessoas fixas no local, todas catadoras de material reciclável. O órgão providenciou a documentação pessoal de cada uma delas, além de realizar encaminhamento para tratamentos de saúde. De acordo com a Polícia Militar, a recomendação para os vizinhos é para denunciar qualquer situação ilegal que aconteça no local.
Por: Paloma Suertegaray - Correio Braziliense - 02/09/2014