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Para incentivar leitura, projeto transforma táxis em bibliotecas móveis

Iniciativa permite que leitores levem livros para casa e devolvam em outros táxis cadastrados.

Fonte: Correio Braziliense

O taxista Diego Kaleo Santana, 33 anos, aderiu ao projeto há três meses e aprovou a iniciativa.

Já imaginou se em cada táxi que você entrasse encontrasse livros para ajudar a passar o tempo desperdiçado no trânsito e ainda poder levá-los para casa e continuar a leitura? Essa é a proposta do publicitário mineiro Tallis Gomes, 27 anos, para incentivar o hábito e tornar o tempo gasto no trânsito mais produtivo para os passageiros. Criador de um aplicativo para localizar táxis, o publicitário decidiu incorporar a Bibliotaxi, uma espécie de biblioteca móvel, nos veículos cadastrados no aplicativo.

Inspirado em iniciativa com os táxis da Vila Madalena, em São Paulo, Thalis abraçou a causa e decidiu levar a ideia para todo o Brasil. O projeto, que começou em janeiro de 2013, ganhou corpo com a doação de mais 80 mil livros de uma livraria no ano passado e hoje já funciona em 26 cidades.

A ideia é bastante simples. Uma sacola é deixada pelo taxista no banco de trás do veículo com pelo menos três livros - que podem ir de clássicos como O príncipe, de Nicolau Maquiavel, à best sellers como A culpa é das estrelas, de John Green. Então, o passageiro escolhe o título e dá início à leitura. Se ele gostar, pode levá-lo para casa. Para devolvê-lo, basta localizar um outro táxi cadastrado na Bibliotáxi e entregá-lo ao motorista. "A intenção é que os livros retornem aos veículos por meio dos passageiros e que isso continue a funcionar com a ajuda deles, que podem doar livros para o projeto", explica a representante da Easy Taxi, Camila Ferreia.

Em Brasília, 60% dos taxistas que são cadastrados no aplicativo já usam a biblioteca à bordo. Na profissão há oito anos, Diego Kaleo Santana, 33, aderiu ao projeto há três meses e aprovou a iniciativa. “A maioria das pessoas gosta da ideia, mesmo ficando um pouco receosas em levar o livro. Para nós, acaba sendo um atrativo a mais”, conta. Leitor assíduo desde criança, Diego explica que, entre uma corrida e outra, não resiste ao hábito. “Quando eu leio, me coloco na figura central da pessoa e consigo encarar melhor a vida. As pessoas que leem são, com certeza, mais felizes”, relata o taxista.


Passageiros também aprovam a ideia da "biblioteca ambulante". A filósofa e servidora pública Antônia Sylvhia, 52 anos, conta que se surpreendeu ao entrar em um táxi com livros. “Já vi ações na parada de ônibus, mas no táxi é a primeira vez”, disse. Para ela, toda forma de informação e incentivo a leitura é válida. Apesar da possibilidade de levar para casa, Antônia acha que os livros podiam ter textos mais curtos para dar tempo de ler no caminho.

A estudante do 2º ano do Ensino Médio Maria Vitória Mansur, 16 anos, também não sabia da ideia, e se surpreendeu ao se deparar pela primeira vez com o BiblioTaxi. Veja, a seguir, o que ela achou da ideia.




                    

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