test banner

PETS » Bichinhos lucrativos

Primeira feira dedicada a animais de estimação na cidade surpreende expositores e conquista brasilienses. Em expansão acima da média mundial, mercado brasileiro deve crescer 8,2% este ano

Por: Gláucia Chaves - Correio Braziliense 
Publicação: 24/11/2014

O funcionário público Célio Araújo visitou a feira acompanhado de Bono e se encantou com a oferta de produtos e serviços (Fotos: Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press)
O funcionário público Célio Araújo visitou a feira acompanhado de Bono e se encantou com a oferta de produtos e serviços
Camisetas, bolsas, sapatos, colares, perfumes e até mesmo um bufê completo para aniversário: atualmente, o mercado pet oferece esses e mais uma infinidade de produtos e serviços destinados aos bichinhos de estimação. Neste final de semana, Brasília recebeu o Brasília Pet Show, primeiro evento para animais domésticos feito na cidade, com apoio do Correio Braziliense e parceria da Kennel Club. Além de produtos, o evento contou com palestras, demonstrações de cães treinados pela Polícia Militar e dos Bombeiros e exposições de animais de raça.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil representa um dos principais mercados emergentes do setor no mundo, com cerca de 106 milhões de animais de estimação — sendo o DF a unidade da federação com maior número de mascotes por habitante. De 2012 para 2013, o aumento da taxa de crescimento foi de 7,3%. A estimativa da entidade é que o mercado brasileiro termine 2014 com taxa de crescimento de 8,2% em relação ao ano passado.

Esse aumento, ainda de acordo com a associação, foi impulsionado principalmente pelas classes C e D, que, nos últimos anos, conseguiram melhores salários e passaram a gastar em novos setores. Até o fim do ano, a Abinpet acredita que 67,3% do faturamento do setor brasileiro virá de produtos de nutrição animal. Leonir Bampi, presidente da Kennel Club de Brasília e organizador do evento, diz que a Exposição Internacional de Cães está em sua 50ª edição, mas, pela primeira vez, aconteceu em uma feira pet. “Vimos que o mercado pedia isso e ninguém estava fazendo”, justifica. “O mercado brasileiro está crescendo vertiginosamente, acima da média internacional.”
Esforço compensado

O militar Leonardo Rocha, 24 anos, mantém com a esposa uma loja virtual de produtos para animais. Esta é a primeira vez que os dois se arriscaram a vender os produtos no “corpo a corpo” e o resultado não poderia ser melhor: só nas duas primeiras horas de evento, as vendas subiram 60%, em comparação com as feitas pela internet. “Divulgamos a nossa marca e é uma oportunidade para os clientes verem os produtos ao vivo.” Alzeneide de Paula Lins, 28, também tem site de vendas e, assim como Leonardo, não tem do que reclamar. Graças à feira, a administradora estima que o movimento aumente 300%. “Mesmo com o valor para alugar o estande, valeu a pena e teremos lucro.

Quem tem bichinhos não conseguiu resistir às novidades. Célio Araújo, 57 anos, soube da feira por acaso. Resolveu fazer uma visita de, no máximo, 30 minutos com o seu cachorro Bono. Saiu de lá três horas depois. “É uma oportunidade para conhecer outras raças e produtos”, acredita o servidor público. O casal de estudantes Pedro Henrique Mesquita, 23, e Bruna Calans Cerqueira Rizzieri, 19, gastou mais de
R$ 100 em apenas uma hora, entre bandanas, coleiras enfeitadas, lacinhos e roupas para os dois cachorrinhos vira-latas. “Achei ótimo para conhecer novas opções”, opinou Pedro. “É como um filho”, resume Bruna. “Tudo que aparece de novidade, quero comprar.”
Em alta
No Brasil, há um cachorro para cada seis habitantes, e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que, nos últimos quatro anos, aumentou 17,6% a população de cães e gatos domésticos no país

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem