O Poder Judiciário entra em recesso nessa sexta-feira, 19, e o STF
permanecerá em esquema de plantão até o dia 31 de janeiro. Nesse período, só
são tomadas decisões em medidas urgentes pelo ministro em plantão
Senadora
Gleisi Hoffmann (PT), citada nas delações da Lava Jato.
Os
políticos envolvidos no esquema de corrupção e pagamento de propina na
Petrobras, deflagrado na Operação Lava Jato, só serão investigados a partir de
fevereiro do ano que vem. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai
esperar a volta do recesso do Judiciário para encaminhar ao Supremo Tribunal
Federal (STF) os pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e
autoridades citados nas delações do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, e do doleiro Alberto Youssef...
O
Poder Judiciário entra em recesso nessa sexta-feira, 19, e o STF permanecerá em
esquema de plantão até o dia 31 de janeiro. Nesse período, só são tomadas
decisões em medidas urgentes pelo ministro em plantão.
Por
isso, Janot vai levar os inquéritos ou eventuais denúncias - se não for
necessária investigação - contra os políticos apenas em fevereiro.
Ele
já havia informado que, com a análise das delações de Youssef e Paulo Roberto
Costa, já tinha elementos suficientes para pedir ao STF o
"desmembramento" dos casos. Permanecerão no Supremo inquéritos contra
parlamentares, autoridades com prerrogativa de foro e casos em que a atuação no
esquema estiver diretamente ligada aos políticos.
A
delação de Alberto Youssef já foi encaminhada pelo PGR ao relator da Lava Jato
no STF, ministro Teori Zavascki. Cabe ao ministro homologar a delação, assim
como fez no caso de Paulo Roberto Costa.
Nas
delações feitas em Curitiba (PR), Costa e Youssef citaram "dezenas"
de parlamentares, segundo o próprio ex-diretor. Eles relataram repasses para
políticos como os senadores petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa
(PE), além de partidos como PP e PMDB e do tucano Sérgio Guerra, que morreu em
março. A Polícia Federal também interceptou diálogos entre Youssef e os
deputados André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA).
Fonte: Istoé/AE - 19/12/2014