Viu, viveu e contou
Por: Lilian Tahan - Revista veja Brasília
m 2 de outubro de 1992, Rosane Malta entrou para a história junto com seu então marido, Fernando Collor de Mello, que nesse dia desceu a rampa do Palácio do Planalto pela última vez. Separada do ex-presidente desde 2005, ela garante que há mais capítulos sobre o impeachment do que os noticiados à época da queda de Collor. No recém-lançado livro Tudo o que Vi e Vivi, ela faz um relato passional sobre um dos maiores escândalos da República.
Qual a novidade em seu livro?
Conto muita coisa que ninguém nunca soube. Nos rituais de magia negra da Casa da Dinda, por exemplo, foram usados fetos humanos. Sobre o episódio com a Claudia Raia, digo que não acredito em traição. Éramos amigas. Afirmo, também, que Fernando continuava a se encontrar com PC Farias depois de eleito. Eu estava lá.
Por tudo o que viu e viveu, Collor é corrupto?
A Justiça disse que ele não é culpado, então eu acato. Mas posso garantir que Fernando é mentiroso e mau-caráter. Fui a mulher dele por 22 anos e ele não me deixou nada. Mandou me entregar 101 caixas com objetos pessoais. Nem as bolsas de marca ele me devolveu, ficou até com minhas joias.
Quanto valem?
Por volta de 8 milhões de reais. Eu ganhava muita coisa dele, das amigas e comprava algumas peças com a minha mesada.
Você tem saudade da Casa da Dinda?
Lá, vivi os melhores e piores momentos da minha vida. Mas, como tudo acaba, fica a lição que compartilho com as mulheres: nunca coloquem o amor acima da carreira. Hoje, o que me resta é brigar com um homem por metade do que a gente construiu junto. E não é qualquer homem, é um ex-presidente da República.