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GDF mantém cartão de material escolar, mas reduz valor a um terço

Representantes do GDF durante anúncio sobre cartão de material escolar (Foto: Mateus Rodrigues/G1)


Benefício passou de R$ 242, em 2014, para R$ 80, em 2015, diz governo. Valor é suficiente para o 'material mínimo necessário', afirma secretário.


O governo do Distrito Federal anunciou nesta sexta-feira (30) que vai manter o Cartão Material Escolar, benefício entregue às famílias cadastradas no Bolsa Família e com crianças em idade escolar. O valor do benefício será de R$ 80, um terço dos R$ 242 oferecidos em 2014. Segundo cálculo do governo, cerca de 125 mil estudantes têm direito ao benefício.

Até este ano, o benefício médio era equivalente a um terço do salário mínimo. Se o cálculo fosse aplicado novamente, os cartões seriam carregados com R$ 262 por aluno. Segundo o secretário de Educação, Júlio Gregório, os R$ 80 são suficientes para a compra dos materiais mínimos necessários para o ano.

"O aluno já recebe o livro didático. Essa quantia é para a família comprar lápis, borracha, caneta, lápis de cera. Fizemos o levantamento de preço do material mínimo necessário e encontramos o preço médio de R$ 78,79. 

Então, resolvemos carregar o cartão com R$ 80 por criança", afirmou Gregório.

Com a mudança, o GDF espera reduzir o custo do cartão de R$ 35 milhões para R$ 12 milhões. O programa será custeado, segundo o governo, por recursos do Tesouro local e do Salário Educação, contribuição social enviada pela União.

A secretaria deve celebrar na próxima semana um contrato com o Banco de Brasília, que será responsável por emitir e entregar os cartões bancários nas regionais de ensino. O governo promete desburocratizar o processo, mas já afirma que o benefício não estará disponível até o dia 23 de fevereiro, quando começa o ano letivo.

"Haverá uma tolerância nas escolas, com os alunos, até que estes materiais sejam comprados. O mesmo deve acontecer com os uniformes escolares, porque a gente não vai conseguir entregar tudo no dia 23", afirmou o secretário de Educação. As vestimentas serão produzidas pelo programa Fábrica Social, no setor Estrutural.

Lista mínima

A secretaria elaborou, também, uma lista mínima de itens "recomendados", que cabem dentro da faixa de R$ 80. Segundo Gregório, os vendedores e os pais serão orientados a comprar os materiais da lista, mas as famílias poderão extrapolar o valor para escolher determinadas marcas ou incluir outros produtos.

"A fiscalização é difícil, mas as papelarias serão orientadas de que os pais não podem levar, por exemplo, uma mochila e dois cadernos", disse o secretário.

A lista recomendada pela pasta inclui cadernos, canetas esferográficas, lápis de cor e de cera, cartolina, pote de massa de modelar, papel pardo e instrumentos de desenho (compasso, transferidor e esquadro). Materiais como tênis, mochila, estojo, lancheira e outros objetos auxiliares não estão na relação de uso previsto do cartão.

 Mateus Rodrigues
Do G1 DF

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