Parlamentares e
governador citam méritos do projeto original e cobram soluções para problemas
Os 55 anos de Brasília foram
homenageados pelo Congresso Nacional. Em solenidade na Câmara dos Deputados,
parlamentares lembraram as virtudes da cidade e desejaram tempos melhores e
cobraram a solução dos problemas atuais.
Além dos
discursos, houve tempo para a arte. O Corpo de Bombeiros foi responsável por
executar o Hino Nacional. Depois disso, o madrigal da Escola de Música de
Brasília cantou o hino da cidade e canções como “Peixe Vivo”, a música
preferida de Juscelino Kubitschek. E foi JK uma das figuras mais lembradas
durante a solenidade. Dois vídeos institucionais, mesclando imagens históricas
com filmagens atuais, foram mostrados nos telões do plenário da Câmara.
Apoio do
Congresso
O governador
Rodrigo Rollemberg (PSB) compareceu à cerimônia e, como tem feito nos últimos
dias, fez aos presentes uma avaliação de seu governo. Ele fez questão de
ressaltar as dificuldades. “É um momento de contenção de gastos, mas temos
contado com a solidariedade, a compreensão, a generosidade da população de
Brasília”, disse.
O respaldo
do Legislativo foi citado por Rollemberg. De acordo com o governador, “Sabemos
que teremos um ano muito difícil, mas estamos agindo, na medida do possível,
para equilibrar as contas. Temos contado também com o apoio do Congresso
Nacional”, resumiu.
Quando foi a
vez do autor do requerimento da solenidade, o deputado Rogério Rosso (PSD),
tomar a palavra, foram trazidas memórias particulares. “Foi nesse mesmo dia, 17
de abril, há cinco anos, que eu fui eleito governador do Distrito Federal”,
lembrou.
Rosso fez
referência ao partido que elegeu JK, o antigo PSD, extinto e recriado em 2011.
E até mesmo ao número eleitoral, o 55, idade que Brasília completará daqui a
três dias.
Os problemas
enfrentados nos últimos meses foram incluídos na fala do deputado do PSD, que
expressou otimismo. “A crise administrativa que Brasília mergulhou nesses
últimos anos não tem precedentes. Mas como uma fênix, a cidade começa a
ressurgir das cinzas. Nossa gente mostra mais uma vez a capacidade de enfrentar
as dificuldades e superá-las com suas próprias forças”, relatou.
Espaço
até para as alfinetadas partidárias
Mas nem tudo
foi festa. Além da exaltação ao projeto arquitetônico, a coloração partidária
foi lembrada nos discursos e levantou polêmicas. O primeiro a causar
controvérsia foi o deputado Izalci Lucas (PSDB). Em seu discurso, o parlamentar
criticou o PT. “É pena que o PT no poder, com toda a herança bendita do PSDB,
tenha jogado no lixo a revolução que fizemos nesse País”, criticou. No entanto,
a fala do tucano se centrou mais em Brasília, a homenageada do dia. “O
presidente JK deu esse presente ao Brasil, que foi trazer a capital o centro e,
assim, desenvolver o nosso País. O Brasil era da praia e depois de JK passou a
ser de todo o País.
O deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), fez críticas ao governo de Agnelo Queiroz
(PT) e responsabilizou o partido pelas dificuldades financeiras. “Deixo apenas
esse alento ao povo de Brasília que já sofreu com um governo petista”,
criticou.
A deputada
Érika Kokay (PT) fez uma fala emocionada, mas apesar de ter sua legenda citada,
evitou o confronto. “Hoje é um dia de festa, de lembrar essa cidade que acolheu
tão bem a todos nós. Temos que deixar o discurso de ódio de lado”, disse.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília - Daniel Cardozo