Depois da vitória do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com a aprovação ontem do projeto que
regulamenta a terceirização, o presidente do Senado voltou a prometer que não
deixará passar pela Casa uma proposta que ameace direitos trabalhistas;
"Renan tem ouvido fino para as ruas – onde os sindicatos devem engrossar
suas manifestações contra este retrocesso, e não diz nada sem tomar o pulso da
Casa que preside. Teremos então, em breve, uma queda de braço entre ele e o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é o grande vitorioso com a votação de
ontem. Isso pode mudar as coisas dentro do PMDB, e quando o PMDB se divide,
fica mais fácil para o governo administrar aquele condomínio", avalia
Tereza Cruvinel, colunista do 247; leia a íntegra,
Tal como adiantado pelo 247 na semana passada, o
presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou a prometer que não passará pelo
Senado um projeto de terceirização que ameace direitos e conquistas
trabalhistas. Isso é o que não falta no substitutivo (emenda aglutinativa)
aprovado ontem.
Renan tem ouvido fino para as ruas – onde os sindicatos
devem engrossar suas manifestações contra este retrocesso, e não diz nada sem
tomar o pulso da Casa que preside. Teremos então, em breve, uma queda de braço
entre ele e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é o grande vitorioso com
a votação de ontem. Isso pode mudar as coisas dentro do PMDB, e quando o PMDB
se divide, fica mais fácil para o governo administrar aquele condomínio.
Mas como Eduardo Cunha também rebateu dizendo que a
última palavra será da Câmara, a terceirização talvez vá exigir mesmo uma
coleção de vetos de Dilma. E até agora, ela não deu o menor sinal de preocupação
com a proposta nem de sua disposição para evitar os desatinos maiores com o
poder de veto.
Fonte: Brasília 247