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Cidade de São sebastião-DF: NÓS PODEMOS » Por um mundo melhor

No Centro Olímpico e Paralímpico do Riacho Fundo 1, uma feira de troca de livros animou a meninada

De um jeito simples e prático, é possível transformar restos de alimentos que iriam para o lixo em pratos de dar água na boca. Foi o que provou ontem um concurso de receitas no Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião. Entre uma atividade esportiva e outra, os alunos participaram de rodas de conversa sobre como podem fazer a sua parte para contribuir com um mundo com menos fome e mais saúde. O resultado foram bolos, tortas salgadas, sucos que tinham como ingredientes talos, sementes e cascas de frutas e legumes.

Candidata no concurso, a aluna de hidroginástica Jocelma Miranda, 40 anos, gostou do desafio de reinventar o tradicional salpicão. “Usei as cascas de melancia, maçã e cenoura e ainda aproveitei talos do cheiro-verde como tempero. Com o restante da melancia, fiz um suco e usei até as sementes”, contou.

 

Em Ceilândia, os alunos plantaram árvores

Além do concurso de receitas, a unidade esportiva também incentivou o cultivo de hortas, como a de alface. A aluna de desenvolvimento motor Sofia Carvalho Cunha, 8, botou a mão na terra e plantou uma muda em garrafa pet. “Agora, vou ficar com mais vontade de comer salada. Gostei muito porque faz bem para a saúde e a gente não precisa gastar dinheiro no supermercado.”

A programação em São Sebastião faz parte do segundo ciclo de atividades Nós podemos, desenvolvido pela Fundação Assis Chateaubriand em conjunto com a Secretaria do Esporte e Lazer do Distrito Federal, em quatro centros olímpicos e paralímpicos. As ações complementares à prática esportiva têm como objetivo envolver e conscientizar as comunidades também de Ceilândia, do Riacho Fundo 1 e de Samambaia no que diz respeito ao combate à fome, ao acesso à educação básica de qualidade, a cuidados com a saúde e respeito ao meio ambiente. Os temas estão listados em quatro dos oito objetivos de desenvolvimento do milênio definidos pelas Nações Unidas.

Nos últimos meses, foram criadas hortas comunitárias e jardins suspensos, houve contação de histórias para crianças, estímulo à doação de sangue, conscientização sobre economia de água e luz. Na manhã de ontem, cada unidade esportiva tratou de um tema. Em Ceilândia, houve uma caminhada para o plantio de árvores. Em Samambaia, o aulão de hidroginástica e a corrida fizeram alusão aos cuidados com a saúde. Lá, também foi montado um estande para avaliação física e exames rápidos. Já no Riacho Fundo, o dia foi dedicado à educação, com revezamento de natação, feira para troca de livros e gibis e gincana do conhecimento.

Na avaliação do gerente de Projetos da Fundação Assis Chateubriand, Eduardo Gay, a mobilização dos alunos é importante para reforçar a mensagem de que, com pequenas ações como essas, cada um pode contribuir por um mundo melhor hoje e para as futuras gerações. “Vivemos uma fase em que os países estão se mobilizando cada vez mais para colocar em prática uma agenda global pelo desenvolvimento sustentável. Estamos fechando o ciclo dos objetivos do milênio neste ano para, a partir de 2016, nos engajarmos com novas questões importantes para o planeta”, ressaltou Eduardo, ao lembrar que essa experiência nos centros olímpicos virou estudo de caso e foi apresentada em julho pela fundação durante a Conferência Internacional de Educadores IEarn 2015, em Brasília, com a presença de professores de 35 países.



Por: Camila de Magalhães – Fotos: Roberta Gay Esp.Fac;D.A. Press e Eduado Gay Esp.Fac:D.A Press

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