Em depoimento à CPI, Wagner
Canhedo denuncia esquema na licitação de 2012
O empresário Wagner Canhedo Filho prestou depoimento à
CPI do Transporte Público da Câmara Legislativa na manhã desta quinta-feira
(24). Ele tinha concessões de ônibus, mas perdeu os contratos após a licitação
de 2012, que renovou a frota.
Durante a oitiva, ele
garantiu aos deputados distritais que haveria um esquema entre o governo e o
advogado Sacha Reck. “Só ganhou quem contratou o escritório do Sacha Reck, que
trabalhava junto com a Secretaria de Transporte e com a Vice-Governadoria. Se
soubesse que precisava contratar Reck, teria feito isso”, declarou Canhedo.
O empresário e
ex-senador Valmir Amaral, que também havia sido convidado, apresentou atestado
médico para não comparecer. Em maio, ele sofreu um grave acidente de trânsito e
ficou na UTI de um hospital de São Paulo. A mulher dele, Maria Lúcia Arantes,
compareceu em seu lugar e reforçou o discurso de Canhedo.
Na sessão desta
quinta-feira, os distritais que compõem a CPI do Transporte deveriam votar a
quebra de sigilo de acusados, mas o requerimento foi adiado. Os parlamentares
também não analisaram a proposta de convocação do ex-vice-governador Tadeu
Filippelli.
Filippelli responde
Canhedo
O ex-vice governador do DF Tadeu Filippelli (PMDB)
respondeu aos ataques do empresário Wagner Canhedo Filho feitos na Comissão
Parlamentar de Inquérito do Transporte na manhã desta quinta-feira (24/9). O
peemdebista disse não levar em consideração os ataques de alguém investigado
pela Polícia Federal.
A resposta, enviada à
reportagem por meio de nota, é “não cabe fazer qualquer consideração à fala do
empresário Wagner Canhedo Filho, que está sendo investigado pela Polícia
Federal exatamente por criar empresas fantasmas para fraudar o fisco e para
disputar a licitação do transporte coletivo do DF.”
Canhedo acusou,
durante o depoimento, a suposta existência de um esquema entre a Secretaria de
Transporte, a Vice Governadoria do DF e o advogado Sacha Reck — acusado de
trabalhar para a secretaria e para duas empresas concorrentes no certame
simultaneamente — para poder vencer na polêmica licitação de R$ 7,8 bilhões que
renovou o sistema de transporte público da capital federal.
Por: Guilherme Pera – CB.Poder – Foto/Ilustração:
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