O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg,
visitou, na manhã desta sexta-feira (4), o Hospital de Urgências Governador
Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr.
Henrique Santillo (Crer), ambos em Goiânia. As unidades são administradas por
organização social. O governador do estado, Marconi Perillo, acompanhou o
início das visitas. “É uma alegria grande poder dizer que chegamos à conclusão
de que saúde tem jeito”, disse o anfitrião.
O Hugol foi inaugurado
em julho deste ano, fica na região noroeste da capital goiana e está instalado
em área equivalente a 12 campos de futebol. Desde a abertura, mais de 17 mil
pessoas foram atendidas no local.
Já o Crer iniciou as
atividades em setembro de 2002 e foi a primeira experiência de unidade de saúde
gerida por contrato de organização social em Goiás. O atendimento, de em média
2 mil por dia, é destinado à reabilitação de pessoas com deficiências.
Alternativa
“Hoje a saúde é o grande desafio de todos os
governos. Precisamos conhecer os modelos adotados em diferentes regiões do País
para aprender com as experiências bem-sucedidas”, afirmou Rollemberg.
“Entendemos que, no caso de Brasília, utilizar organização social para expandir
a rede e melhorar a qualidade do serviço pode ser uma boa alternativa, sem que
isso mexa no direito dos servidores.”
O secretário de Saúde
de Goiás, Leonardo Vilela, contou que, desde janeiro de 2015, representantes de
13 unidades da Federação já conheceram o modelo implementado em Goiânia. “Isso
nos deixa felizes porque mostra que estamos no caminho certo.”
Acompanharam as
visitas o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, o presidente do Conselho de
Saúde do DF, Helvécio Ferreira da Silva, e os deputados distritais Júlio César
(PRB), Rafael Prudente (PMDB), Reginaldo Veras (PDT) e Roosevelt Vilela (PSB).
Do estado vizinho,
também recepcionaram a comitiva o presidente da Assembleia Legislativa, Helio
de Sousa (DEM); o procurador-geral de Justiça, Lauro Machado; o presidente do
Tribunal de Justiça, João Waldeck; o diretor do Hugol, Hélio Ponciano; o
deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB); e o superintendente administrativo e
financeiro da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir) —
gestora das duas unidades visitadas —, Claudemiro Euzébio Dourado.
Fonte: Agência
Brasília
Ganho político para Perillo
A visita de Rollemberg a hospitais geridos por
Organizações Sociais de Saúde (OSS), ontem, representou um passo a mais para a
adaptação da capital federal ao modelo. O chefe do Executivo local, entusiasta
da ideia de trazer o modelo para cá, saiu satisfeito com o que viu. A
possibilidade de o DF seguir Goiânia é vista como um ganho de capital político
para o governador de Goiás, Marconi Perillo, com quem o socialista mantém boas
relações.
Durante o encontro, Rollemberg reforçou a vontade
de trazer o modelo goiano para a capital federal. "Precisamos conhecer os
modelos adotados (em saúde) em diferentes regiões do país para aprender com as
experiências bem-sucedidas", disse. "Entendemos que, no caso de
Brasília, utilizar organização social para expandir a rede e melhorar a
qualidade do serviço pode ser uma boa alternativa, sem que isso mexa no direito
dos servidores", continuou. Para Perillo, "é uma alegria grande poder
dizer que chegamos à conclusão de que saúde tem jeito."
Autor do requerimento da viagem a Goiânia, o
distrital Reginaldo Veras (PDT) afirma que a visita não esclareceu todas as
dúvidas. “Não visitamos nenhum pronto-socorro, apenas três hospitais que
recebem número limitado de pacientes. Por outro lado, a limpeza das unidades me
pareceu perfeita, o quadro de funcionários está em dia e nenhum servidor
estatutário reclamou”, disse. Presidente da Comissão de Educação, Saúde e
Cultura (Cesc) da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Veras afirma que essa não
será o único tour por Goiás. “Não tenho dúvidas que o Perillo vai sair
engrandecido politicamente caso o DF adote o modelo, mas vamos checar os
números com deputados de oposição depois para ver o outro lado”, argumentou.
Acompanharam Veras os colegas de CLDF Rafael
Prudente (PMDB), Roosevelt Vilela (PSB), Juarezão (PRTB) e o líder do governo
na Casa, Julio César (PRB), além do chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. Para o
modelo ser adotado por aqui, Rollemberg deve enviar um projeto de lei à Câmara
de regulamentação da atividade das organizações sociais no DF. Com a
proximidade do recesso parlamentar, porém, o assunto vai ficar para 2016.
"Entendemos que, no caso de Brasília, utilizar
organização social para expandir a rede e melhorar a qualidade do serviço
pode ser uma boa alternativa, sem que isso mexa no direito dos servidores"
(Rodrigo Rollemberg, governador)
Fonte: Guilherme Pera – Correio Braziliense