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Limpeza da orla do Lago Paranoá

           Entulho foi retirado do Parque do Morro da Asa Delta: para a população

Depois da desobstrução de parte da orla do Lago Paranoá, o momento mais esperado pela população do Distrito Federal era o de revitalização da área. Somente após esse processo o espaço poderá ser novamente ocupado. Desta vez, pelo cidadão comum. Ainda não há uma data para isso ocorrer; no entanto, a ação de reestruturação começou efetivamente ontem, no Parque do Morro do Asa Delta, na QL 14. A quadra passou por uma limpeza, restos de resíduos e de cercas foram retirados, além de entulhos da derrubada de muros e de construções anteriores. A partir de agora, o governo fará a revegetação do local, com plantas típicas do cerrado — gramíneas e árvores. Cerca de 200 mil mudas estão destinadas para o plantio. Também será iniciada a pavimentação de trilhas e ciclovias, a iluminação pública e o cercamento de todo o local.

O governo trabalha com um prazo inicial de 120 dias para a finalização do processo de reocupação. No entanto, como ainda existem atividades de revitalização para serem incluídas na lista de benfeitorias, o prazo poderá ser flexibilizado. Hoje, deverá ser feita a abertura das ciclovias. O projeto prevê pista em todo o contorno do Parque do Morro da Asa Delta. Até agora, o GDF não calculou quanto gastará com a reorganização da orla. Segundo o subsecretário de Projetos da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, João Luiz Batelli, a pasta só contratará serviços em outra fase do processo. “Estamos trabalhando com recursos próprios. Execução direta com nossos funcionários, usando nosso maquinário, com ajuda de outros órgãos. Há a possibilidade de terceirizar”, explicou Batelli.

A liberação da orla beneficiará pessoas como o personal Guilherme Pahl, 34 anos, que frequenta o parque há 20 anos e espera que esse seja o começo de uma nova época. “Áreas verdes dentro de área urbana é um dos charmes de Brasília, e precisa ser cuidado”, disse. Para ele, a orla do lago deve ficar à disposição do brasiliense. “Quando áreas públicas forem totalmente acessíveis, as pessoas terão um convívio social maior, assim como ocorre em outras cidades”, defendeu.

Processo
A briga sobre o assunto corre desde 2005. Foi naquele ano que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrou com uma ação civil pública contra o governo, alegando omissão na fiscalização para evitar as ocupações na orla do Lago Paranoá. A sentença determinando a recuperação da Área de Preservação Permanente (APP) transitou em julgado em 2011. A Justiça determinou multa diária de R$ 5 mil caso o GDF não apresentasse em um prazo de 120 dias um cronograma de fiscalização e de desocupação da área, além de um plano de recuperação da orla do espelho d’água.

Em março deste ano, o governo e o MPDFT apresentaram o cronograma. Na primeira fase da operação, muros e cercas em uma faixa de 30 metros a partir da margem do lago seriam demolidos até 15 de maio. Em agosto, agentes da Agefis e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) iniciaram a primeira etapa da desobstrução da orla. A operação retirou construções que ocupavam áreas públicas à beira do lago. Ao todo, serão 20 pontos, incluindo o Pontão do Lago Sul.


Fonte: Camila Costa – Foto: Carlos Moura – CB/D.A.Press – Correio Braziliense


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