Os correspondentes não bancários do BRB,
responsáveis pelos postos do BRB Conveniência, após inúmeros encontros com a
presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputada Celina Leão, e demais
deputados distritais, no qual faziam reivindicações e pediam a intercessão da
CLDF para suas demandas, tiveram um momento reservado para apresentar suas
propostas.
A tarde desta quinta-feira (17), foi reservada para
uma Comissão Geral, no Plenário da CLDF, onde deputados e representantes do BRB
e dos conveniados discutiram por mais de três horas as questões que colocam em
risco a sobrevivência dos correspondentes.
A sessão foi aberta por Celina Leão quem convidou a
todos a assistir um vídeo em que reunia depoimentos de usuários dos serviços do
BRB conveniência. “Os correspondentes estão vivendo um momento de muita
dificuldade de relacionamento com o fechamento de lojas e cortes na preparação
de numerários. As conquistas que estavam consolidadas estão sendo retiradas”,
destacou a parlamentar. Eles permitem ao BRB estar presente em todas as regiões
administrativas do DF”, ressaltou.
Os correspondentes não bancários fizeram várias
reclamações, com a diminuição do número de caixas, da redução da remuneração
recebida pela preparação de malote e do limite de recebimento de títulos em, no
máximo, R$ 2 mil.
Os donos dos postos avaliam que as recentes
mudanças implementadas pelo banco têm prejudicado o atendimento à comunidade.
Outros apontam ainda que, com a redução da remuneração para preparação de
malote de R$ 83 por dia para R$ 41,50, fica difícil manter a conveniência.
Além dos deputados Celina Leão, Raimundo Ribeiro,
Agaciel Maia e Wellington Luiz, outras pessoas foram ouvidas, como o
secretário-geral do Sindicato dos Correspondentes Bancários e Não Bancários do
DF (Sindcorb-DF), Paulo Matos.
"Queremos ser tratados como parceiros do
banco, não como adversários", enfatizou, realçando o papel dos
correspondentes para a geração de empregos e arrecadação de imposto. Ele
contabiliza que o BRB Conveniência abre mais de mil empregos diretos nas 280
lojas de conveniência e que são arrecadados R$ 20 milhões por ano.
A diretora do BRB, Kátia do Carmo Peixoto Queiroz,
ouviu manifestações contra e a favor aos correspondentes. "O banco não
pode prescindir do correspondente, que está muitas vezes em locais onde não
temos agências. E 98% dos correspondentes mostram a cara do BRB de forma
positiva". Depois de exaltar o papel dos correspondentes, ela apontou a
razão da redução da remuneração pela preparação de malote. Segundo ela, o
pagamento foi alvo de questionamentos por parte do Tribunal de Contas do DF,
uma vez que não existe essa prática no mercado.
O correspondente da loja de Samambaia, Eduardo
Fernandes, reclamou e falou do descaso com esses empresários. “Estamos, aqui,
cumprindo os contratos e as tabelas do banco. Mas o banco está retroagindo no
tempo. Estamos há 75 dias lutando para que resolvam o nosso problema. Se
trabalharmos juntos (banco x correspondentes) um vai ajudar o outro”, avaliou.
O presidente do Sindcorb-DF, Cristiano Varela de
Morais, apresentou a pauta de reivindicações:
·Manutenção da remuneração de R$ 83/dia pela preparação
do
malote;
·Correção da tabela de remuneração congelada há
mais de quatro anos, com revisões anuais;
· Retorno do limite de pagamento de títulos para R$
10.00,00;
· Manutenção da remuneração de títulos de outros bancos em
R$ 1,00;
· Manutenção da aplicação no CDB em R$ 20.000,00;
· Inclusão no contrato de reembolso do carro forte;
· Inclusão no contrato o pagamento do seguro de valores;
· Retorno dos caixas retirados das conveniências;
·Garantia de transferência de conveniências para outras
localidades,
em caso de baixa rentabilidade;
·Alteração do prazo de vigência do contrato entre o
correspondente
e o banco para 20 anos;
·Criação de um conselho permanente na Gecor com a
participação
de membros do sindicato, associação e
superintendência do banco.
Assessoria de Comunicação da deputada Celina Leão