test banner

Médicos participam de residência pioneira no DF

Profissionais passarão por diversas unidades de saúde para proporcionar atendimento integral ao paciente

BRASÍLIA (30/3/16) – Vinte e quatro residentes de medicina da família foram acolhidos, nesta quarta-feira (30), no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), com a presença do secretário de Saúde, Humberto Fonseca, do subsecretário de Atenção à Saúde, Daniel Seabra, e representantes das regiões de Saúde Norte e Sudeste.

Eles fazem parte de um grupo de 40 médicos de diversas especialidades, selecionados para o primeiro programa de residência em rede do Distrito Federal. Estudantes de Medicina de Família e Comunidade, Anestesiologia, Cirurgia Geral, Medicina Paliativa, Medicina do Trabalho e Psiquiatria da Infância e Adolescência passarão, durante a formação, por diversos cenários da Secretaria de Saúde do DF.

"O objetivo da residência em rede é formar especialistas em medicina, com visão crítico-reflexiva, que busquem proporcionar atendimento integral e de qualidade ao paciente, nos diferentes níveis e realidade do Sistema Único de Saúde", destacou a chefe do Núcleo de Residência da Escola Superior em Ciências da Saúde (ESCS), Vanessa Campos.

Segundo o supervisor de residência em medicina da família, Carlos José Zimmer, o residente vai cumprir 80% de sua carga horária em unidades básicas de saúde. "São dois anos de residência. No primeiro ano, serão dois estudantes por equipe, acompanhados por um preceptor. Os cenários serão Sobradinho, Planaltina e Samambaia", destaca Zimmer.

Outra novidade é que as vagas de residência para medicina da família passaram de quatro para 24. De acordo com Vanessa Campos, o projeto de expansão de vagas visa formar especialistas para atuarem na atenção primária do DF. Ela frisa, ainda, que esta é a primeira vez na história que a Secretaria de Saúde consegue o financiamento de 24 bolsas desse programa pelo Governo Federal.

ATENÇÃO BÁSICA – Conforme ressalta o subsecretário Daniel Seabra, até o lançamento do programa em rede, o conhecimento técnico da residência estava muito focado na região norte de Sobradinho, por onde o programa começou, ainda no ano 2000. "A expansão desse conhecimento para a rede vai ajudar a fortalecer a atenção primária", destaca. 

A expansão para o programa em rede foi possíveil graças à nomeação de médicos de família em outras unidades de saúde do DF, fora de Sobradinho, bem como a instalação de uma Comissão de Residência Médica (Coreme) em nivel central, hoje localizada na Fepecs. "O processo para que esse programa em rede tornasse realidade foi iniciado em 2013. De lá para cá foram feitas a reformulação do currículo, a verificação da lotação dos profissionais que poderiam ser preceptores e também a validação junto à Comissão Nacional de Residência Médica", explicou Seabra. 

Para a residente Alice Ponte Lima, 27 anos, participar do início desse projeto de expansão está sendo importante. "Fico feliz em ver que a Secretaria de Saúde está vendo a importância da atenção primária", diz.

A opinião é dividida com o colega Rômulo Alves, 26. "É desafiador participar do processo de construção do fortalecimento da atenção básica", ressalta o residente que escolheu medicina da família para fazer uma abordagem do paciente como um todo.

MÉDICO DE FAMÍLIA – O médico de família pode ligar com até 90% dos problemas de saúde, ainda na atenção primária. A ideia central dessa especialidade é conhecer e acompanhar o paciente por toda a vida, evitando idas às emergências e internações por complicações de doenças que poderiam ter sido evitadas ou melhor tratadas na atenção básica.



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem