Estima-se que 150 mil moradores do DF com mais de
18 anos de idade tenham a doença
Com o aumento do número de casos de diabetes no
mundo, a doença foi o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde para ser
discutido no Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril. O objetivo é
assegurar melhor vigilância e a prevenção do problema que até 2030 deverá ser a
sétima causa de morte do mundo.
Segundo dados do Ministério da
Saúde, surgem 500 novos casos de diabetes, por dia, no Brasil. De acordo com a
Sociedade Brasileira de Diabetes, 13 milhões de brasileiros têm a doença, o que
representa 6,9% da população. No Distrito Federal, esse universo representa
6,6% das pessoas acima de 18 anos, ou seja, 150 mil moradores da capital
federal com o problema.
DOENÇA – O Diabetes é uma doença crônica no qual o
corpo não produz insulina ou não consegue emprega-la adequadamente. O tipo 2 é
o mais comum e tem relação com histórico familiar e obesidade, e o tratamento
inclui medicamentos e mudanças de hábitos de vida. Crianças e adolescentes
também podem ter o problema, normalmente, o tipo 1, cujo tratamento é sempre
com insulina.
Entre as complicações, caso não
haja acompanhamento adequado, estão a perda da visão, problemas nos rins –
levando pacientes à hemodiálise- e doenças cardiovasculares.
Um terceiro tipo é o diabetes gestacional, que acomete de 7% a 14% das
grávidas. A dona de casa Alessandra de Jesus, 33 anos, teve o problema nas duas
últimas gestações e hoje está na condição de pré-diabética. Ela fez
acompanhamento do Hospital Regional de Taguatinga. "Precisei tomar
medicamentos e mudar totalmente a alimentação. Meus filhos nasceram
saudáveis", conta.
TRATAMENTO - Não há cura para a doença. Apenas tratamento,
que pode ser feito com medicamentos e mudanças de hábitos de vida. Na rede
pública de saúde do DF, todos os centros de saúde fazem o acolhimento,
acompanhamento de casos mais simples e encaminhamento para unidades de
referência de pacientes mais graves.
Todas as regiões de saúde têm
atendimento para pessoas com casos mais graves de diabetes. Segundo a
coordenadora de Diabetes da Secretaria de Saúde, Eliziane Leite, são unidades
de referência o Hospital Dia e os hospitais regionais de Taguatinga, Ceilândia,
Gama, Asa Norte, Sobradinho e Santa Maria.
O Hospital Dia, na 509 Sul, é o
posto avançado de Diabetes da rede. Por lá, cerca de 800 pacientes fazem
acompanhamento, seja em consultas individuais ou reuniões divididas por tipo de
diabetes e faixa etária. O local conta com quatro endocrinologistas, três
enfermeiras, uma nutricionista e dois técnicos de enfermagem, oferecendo
tratamento multiprofissional.
"Nos encontros dos grupos,
há trocas de experiências entre os pacientes e orientações bem específicas,
como por exemplo, a contagem de carboidratos para que o paciente aprenda a
avaliar quanto vai precisar de insulina após comer", explica a
endocrinologista responsável pelo atendimento na unidade, Michele Borba.
PROGRAMAÇÃO – Para celebrar o Dia Mundial da Saúde, a
Secretaria de Saúde preparou atividades na Praça do Relógio, na Fundação de
Ensino e Pesquisa em Ciências e Saúde (Fepecs) e no Centro de Referência em
Práticas Integrativas em Saúde, nesta quinta-feira (7). Confira:
Local: Praça do Relógio (Taguatinga)
Horário: 8h às 17h
Programação: Aferição de pressão; dosagem de glicemia;
educação em saúde (tabagismo, dst, tuberculose e hanseníase); orientação e
distribuição de kits de higiene bucal; informações com fisioterapeutas,
fonoaudiólogos e terapeuta ocupacional; orientações sobre drogas, álcool e
transtornos.
Local: Tenda da Cerpis
Horário: 8h às 10h30
Programação: Automassagem; meditação e dança circular;
alimentação saudável com lanche compartilhado (levar fruta e caneca);
desenvolvimento sustentável.
Local: Fepecs
Horário: 14h30 às 17h45
Programação: Discussão do Grupo Condutor Central da Rede
Cegonha do DF e a Comissão de Saúde Perinatal do DF sobre a Lei Federal 11.108