Maioria dos moradores conta com automóvel, mas o transporte
público da cidade não é satisfatório
Em três anos, o Park Way cresceu muito pouco no que diz
respeito à população. Segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios
(Pdad), divulgada ontem pela Companhia de Planejamento (Codeplan), a região
possui 19.824 habitantes, apenas 97 pessoas a mais desde o último dado, em
2013. Outro número que chama a atenção no estudo é a quantidade de casais do
mesmo sexo, segundo respostas dos moradores: nenhum. Na cidade onde a maioria
dos habitantes é do sexo masculino — 50,33% — o maior porcentual é de casados,
com 53,13%.
O diretor
de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz, diz que o
levantamento não mostrou grandes novidades e que os números estavam todos
dentro do esperado. “É uma região com alto nível de escolaridade e de renda, ainda
que a renda domiciliar tenha tido uma queda. Um dos dados negativos é a rede de
coleta e de esgoto que são baixos”, aponta Cruz.
A renda
domiciliar média realmente é alta e chega a R$ 16.236, o que corresponde a
aproximadamente 20 salários mínimos. Mas a rede de coleta e de esgoto não é o
único problema grave na cidade. O local não possui transporte público — o que
tem como consequência a cifra de 92,38% das moradias com automóveis. Sofre quem
precisa trabalhar no Park Way, caso da diarista Jeanne Gomes, 22 anos. Ela diz
que a opção para chegar ao trabalho é o ônibus pirata. Assim, a ausência do
serviço atrapalha até a contratação de funcionários, pois os empregadores se
recusam a pagar a quantidade de passagens diárias.
“Tem
patrão que paga só a metade e o funcionário tira do bolso para pagar o resto da
tarifa. É um descaso e uma situação também muito difícil. Mas nós aceitamos
porque nós precisamos do trabalho”, desabafa Jeanne. Os moradores atuam,
principalmente, nas administrações públicas direta e indireta (36,69%), no
comércio (17,63%) e em serviços gerais (11,58%).
Vindos de fora
Criado pela Lei nº 3.255, de 29 de dezembro de 2003, o Park
Way fazia parte do Núcleo Bandeirante anteriormente. Mais da metade da
população que compõe a cidade veio de outras partes do país — mais de 52%. Os
estados com maior representatividade, segundo a pesquisa, são Minas Gerais
(26,90%), Goiás (13,34%) e Rio de Janeiro (9,12%). De acordo com o estudo,
56,45% dos moradores chegaram à região para acompanhar parentes, e 28,16% em
busca de emprego. Na cidade, apenas 2,99% da população é desempregada, enquanto
48,8% exercem alguma atividade remunerada, 21,70% são aposentados e 16,18%,
estudantes. Em relação ao nível de escolaridade, a maioria da população possui
o ensino superior completo: 45,15% — apenas 0,66 das pessoas são analfabetas.
A cidade
*Homens 9.977
*Mulheres 9.847
*Cônjuges do sexo oposto 4.829
*Cônjuges
do mesmo sexo 0
*Filhos
7.223
*Analfabetos
131
*Fundamental
incompleto 3.286
*Fundamental
completo 225
*Médio
incompleto 795
*Médio
completo 2.622
*Superior
incompleto 1.863
*Superior
completo 8.955
*Não
acessam a internet 2.385
*Acessam
internet de casa 13.809 Acessam internet do
trabalho 83
*Acessam
internet móvel 3.547
*Ganham
até 1 salário 71
*Mais
de 20 salários 1.281
*Total
de moradores 19.824
Fonte: Correio Braziliense – Foto: Marcelo
Ferreira/CB/D.A.Press -