No imenso armário de esqueletos,
deixados para trás pela gestão petista nos 13 últimos anos, jazem amontoados
num canto escuro os escombros daquela que foi a mais importante organização
estudantil brasileira. Fundada em 1938, durante o governo Vargas, a União Nacional
dos Estudantes (UNE) tomou a frente nos principais acontecimentos
políticos do país, angariando apoio e respeito não só entre os estudantes do
ensino superior, mas do grosso da população, que via em suas bandeiras de luta
uma oportunidade de tirar o Brasil do subdesenvolvimento econômico e político.
Tão grandes eram seu prestígio e atuação que, durante os momentos de fechamento político, foi a primeira organização a sofrer retaliações dos ditadores, temerosos do poderio e da abrangência de suas ações. Era, de fato, a voz dos milhares de estudantes de todo o país. Das suas trincheiras, saíram grandes lideranças que ainda hoje militam no front político. Eram outros tempos e a independência em relação aos poderosos granjeava apoio e simpatias de todos. Como nada é para sempre, o moedor de carne da história cuidou também da UNE.
Por mais incrível que pareça, os tempos de glória começaram a virar passado e pó, com a ascensão ao poder justamente do PT. Abduzida pelo poderio da máquina estatal e pelas doações generosas de dinheiro público feitas pelos ocupantes do Palácio do Planalto, a entidade, de autônoma, se transformaria em braço ou franja do Partido dos Trabalhadores perante os estudantes. Silenciada pelo aparelhamento do Estado, a UNE perdeu o seu mais precioso patrimônio, que era o respeito dos estudantes. Hoje, é comum nas manifestações e reuniões de estudantes que a entidade seja vaiada e mesmo hostilizada dentro da universidades, chamada de fascista e adesista.
Com relação aos casos de corrupção, o silêncio da entidade que irrompeu, a partir de 2005, com o mensalão e com os episódios do petrolão, bem como o apoio público dado pelos dirigentes da UNE às ditaduras de Cuba, da Venezuela e da Coreia do Norte, criou um fosso profundo entre ela e o grosso dos estudantes.
Melancólico, o fim da UNE chega agora com a instalação, na Câmara dos Deputados, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que vai buscar respostas para o paradeiro de mais de R$ 44 milhões recebidos pela entidade a título de “reparação pela perseguição sofrida no Regime Militar”, além dos repasses de mais de R$ 12 milhões que, de acordo com o Ministério Público, foram justificados com a apresentação de notas frias.
Para a sociedade, é uma ótima oportunidade de passar a limpo esse período em que a UNE se vendeu. Para a UNE, se ainda resta tempo, é uma chance de aprender com os erros e, talvez, recomeçar do zero, recriando uma entidade sem rabo preso com qualquer governo.
Tão grandes eram seu prestígio e atuação que, durante os momentos de fechamento político, foi a primeira organização a sofrer retaliações dos ditadores, temerosos do poderio e da abrangência de suas ações. Era, de fato, a voz dos milhares de estudantes de todo o país. Das suas trincheiras, saíram grandes lideranças que ainda hoje militam no front político. Eram outros tempos e a independência em relação aos poderosos granjeava apoio e simpatias de todos. Como nada é para sempre, o moedor de carne da história cuidou também da UNE.
Por mais incrível que pareça, os tempos de glória começaram a virar passado e pó, com a ascensão ao poder justamente do PT. Abduzida pelo poderio da máquina estatal e pelas doações generosas de dinheiro público feitas pelos ocupantes do Palácio do Planalto, a entidade, de autônoma, se transformaria em braço ou franja do Partido dos Trabalhadores perante os estudantes. Silenciada pelo aparelhamento do Estado, a UNE perdeu o seu mais precioso patrimônio, que era o respeito dos estudantes. Hoje, é comum nas manifestações e reuniões de estudantes que a entidade seja vaiada e mesmo hostilizada dentro da universidades, chamada de fascista e adesista.
Com relação aos casos de corrupção, o silêncio da entidade que irrompeu, a partir de 2005, com o mensalão e com os episódios do petrolão, bem como o apoio público dado pelos dirigentes da UNE às ditaduras de Cuba, da Venezuela e da Coreia do Norte, criou um fosso profundo entre ela e o grosso dos estudantes.
Melancólico, o fim da UNE chega agora com a instalação, na Câmara dos Deputados, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que vai buscar respostas para o paradeiro de mais de R$ 44 milhões recebidos pela entidade a título de “reparação pela perseguição sofrida no Regime Militar”, além dos repasses de mais de R$ 12 milhões que, de acordo com o Ministério Público, foram justificados com a apresentação de notas frias.
Para a sociedade, é uma ótima oportunidade de passar a limpo esse período em que a UNE se vendeu. Para a UNE, se ainda resta tempo, é uma chance de aprender com os erros e, talvez, recomeçar do zero, recriando uma entidade sem rabo preso com qualquer governo.
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A frase que foi pronunciada
“A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também.”
(Oscar Wilde)
Impressionante » Atentado ao território da UnB já desperta a atenção das autoridades. Quem é a favor de preservar o patrimônio nacional está impressionado com a ousadia de terem autorizado uma obra da Caixa tomando a frente do ICC Sul.
“A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também.”
(Oscar Wilde)
Impressionante » Atentado ao território da UnB já desperta a atenção das autoridades. Quem é a favor de preservar o patrimônio nacional está impressionado com a ousadia de terem autorizado uma obra da Caixa tomando a frente do ICC Sul.
Por: Circe Cunha – Coluna “Visto, lido
e ouvido” – Ari Cunha – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google