Foto: Bento Viana
Não, o racionamento de água não é
surpresa para ninguém. A diminuição da quantidade nos últimos anos está
estampada em pesquisas do Inmetro. Os técnicos da Caesb também mostraram
situações às autoridades que mostravam a preocupação com a possibilidade há
alguns anos. Os cidadãos, os consumidores, claro, têm um papel claro de
economia, não só no Distrito Federal, mas no mundo todo. Afinal, é o bem mais
precioso do planeta terra e ela na forma potável pode deixar de existir dentro
de um certo tempo. As autoridades precisam assumir a responsabilidade pela
atual situação local. Decisões erradas e desobediências conscientes à lei
fizeram o rodízio de torneiras abertas se tornar uma realidade.
Existem áreas dentro da Caesb, por exemplo, com perfil extremamente técnico, que desenha exatamente o que deve ser feito para que a estiagem tenha o mínimo de impacto na região. São números, documentos e recomendações extremamente claras a fim de que as autoridades executem essas ações. Águas Claras, por exemplo, estava nos planos e não afetaria tanto o consumo se seguisse o gabarito inicial, com prédios de, no máximo 12 andares. Hoje, os arranha-céus chegam a 28, 30 andares.
O bairro de classe média, porém, não conseguiria sozinho a proeza. Jardim Mangueiral, condomínios do Jardim Botânico e de Sobradinho, os prédios erguidos ali na região do ParkShopping. Não há como o planejamento dar jeito em uma cidade assim, em que os políticos ignoram os avisos de técnicos de que a situação pioraria até chegar uma época de racionamento de água. Tinha jeito de consertar? Claro: Corumbá IV e o próprio Lago Paranoá serviriam para aliviar o racionamento. Os projeto não saíram do papel, e agora é culpa da população.
Leitores, não fujam da responsabilidade de cuidar da água como o bem mais precioso que o ser humano tem. Mas não fiquem com a consciência pesada de não poder dividir com ninguém essa dor na consciência. Os poderosos não têm o direito de deixar os mais pobres e a classe média carregarem essa culpa sozinhos. Como diz uma das pessoas que conversou comigo durante a semana passada e que conhece muito bem a situação, falta de planejamento sério com muita corrupção: essa fórmula estraga tudo. Pode até estragar uma cidade linda como a nossa!
Existem áreas dentro da Caesb, por exemplo, com perfil extremamente técnico, que desenha exatamente o que deve ser feito para que a estiagem tenha o mínimo de impacto na região. São números, documentos e recomendações extremamente claras a fim de que as autoridades executem essas ações. Águas Claras, por exemplo, estava nos planos e não afetaria tanto o consumo se seguisse o gabarito inicial, com prédios de, no máximo 12 andares. Hoje, os arranha-céus chegam a 28, 30 andares.
O bairro de classe média, porém, não conseguiria sozinho a proeza. Jardim Mangueiral, condomínios do Jardim Botânico e de Sobradinho, os prédios erguidos ali na região do ParkShopping. Não há como o planejamento dar jeito em uma cidade assim, em que os políticos ignoram os avisos de técnicos de que a situação pioraria até chegar uma época de racionamento de água. Tinha jeito de consertar? Claro: Corumbá IV e o próprio Lago Paranoá serviriam para aliviar o racionamento. Os projeto não saíram do papel, e agora é culpa da população.
Leitores, não fujam da responsabilidade de cuidar da água como o bem mais precioso que o ser humano tem. Mas não fiquem com a consciência pesada de não poder dividir com ninguém essa dor na consciência. Os poderosos não têm o direito de deixar os mais pobres e a classe média carregarem essa culpa sozinhos. Como diz uma das pessoas que conversou comigo durante a semana passada e que conhece muito bem a situação, falta de planejamento sério com muita corrupção: essa fórmula estraga tudo. Pode até estragar uma cidade linda como a nossa!
Por: Leonardo Meireles – Correio
Braziliense – Foto/Ilustração: Bento Viana - Blog - Google
Pura verdade.
ResponderExcluirPura verdade.
ResponderExcluirPura verdade.
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