Sistema Produtor Corumbá 4 atenderá 1,3 milhão de
pessoas no Distrito Federal e em Goiás. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
Com o novo sistema, o abastecimento de água em
Brasília será reforçado, sobretudo em períodos de seca. Governo usa
financiamento do Banco do Brasil na construção e em outras áreas de
infraestrutura
As obras das estações de captação e de tratamento
de água do Sistema Produtor Corumbá 4 estão 47% concluídas. A expectativa é
que a construção esteja pronta em 2017, e que em 2018 o reservatório abasteça
1,3 milhão de pessoas em residências do Distrito Federal e de Goiás. O
empreendimento é uma parceria da Companhia de Saneamento Ambiental do
Distrito Federal (Caesb) com a Saneamento de Goiás (Saneago).
Com o novo sistema, o abastecimento de água em Brasília estará reforçado
inclusive durante o período de seca.
O reservatório terá capacidade para tratar 2,8 metros cúbicos de água por
segundo. Segundo o engenheiro e técnico em saneamento da Caesb Marcos Pessoa, a
represa do Rio Descoberto, responsável por 65% do abastecimento do DF, tem
vazão de 5,5 metros cúbicos por segundo.
"Estimamos que em 2050 a população
terá aumentado. Por isso, a ampliação (projetada) das estações chega a três
vezes." - (Marcos Pessoa, engenheiro da Caesb)
O engenheiro conta que a nova estação pode ser ampliada conforme a
necessidade de abastecimento, podendo chegar a 8,4 metros cúbicos por
segundo, o que elevaria a capacidade para cerca de 3 milhões de pessoas nas
duas unidades da Federação. “Estimamos que em 2050 a população terá aumentado.
Por isso, a ampliação (projetada) das estações chega a três vezes.”
Cerca de 250 funcionários trabalham na construção de Corumbá 4. A parte
estrutural já tem 60% das edificações concluídas. Para concluir o sistema,
faltam as obras para redistribuição de água tratada para o DF e Goiás. No
estado vizinho, o reservatório de Corumbá 4 deverá abastecer os municípios de
Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso de Goiás.
A construção de Corumbá está avaliada em R$ 275 milhões para o Distrito
Federal. Para que seja concretizada, a obra conta com financiamento da Caixa
Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Financiamento do
Banco do Brasil possibilita obras de cinco órgãos em Brasília
Com empréstimo do Banco do Brasil,
o governo de Brasília consegue dar andamento a várias obras de
infraestrutura. O financiamento foi firmado em janeiro de 2015 e dois repasses
do dinheiro foram feitos até agora. A primeira parcela, de R$ 260 milhões,
ocorreu em março do ano passado, e a segunda, de R$ 190 milhões, em dezembro.
Ainda falta a última parcela, de R$ 50 milhões, fechando o valor total em R$
500 milhões.
Os recursos têm sido usados para construções em execução
pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
(Codhab); pela Caesb; pela Companhia Urbanizadora da Nova
Capital do Brasil (Novacap); pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito
Federal (DER-DF) e pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços
Públicos.
O dinheiro é recebido pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e
Gestão, que destina a cada órgão o valor necessário às obras de acordo com
um cronograma. As etapas de liberação de recursos são chamadas de tranches. A
primeira foi totalmente repassada e já teve a prestação de contas. A segunda
tem sido liberada conforme o planejamento de execução.
Da primeira parcela, de R$ 260 milhões,
a Caesb recebeu R$ 43.472.379,90; o DER, R$ 28.758.051,74; a Codhab, R$
26.060.840,31; a Novacap, R$ 146.046.463,81 e a Secretaria de Infraestrutura,
R$ 15.662.264,24.
Além de investir em Corumbá 4, a Caesb faz o sistema de esgotamento em
Águas Lindas (GO). O recurso do financiamento também será usado para ampliação
de esgotamento em São Sebastião e no Setor de Mansões Nova Colina, em
Sobradinho. Na primeira tranche, a companhia recebeu R$ 43.472.379,90.
A Codhab recebeu R$ 26.060.840,31, investidos em interceptor
de esgoto sanitário no Paranoá Parque, em obras de infraestrutura de drenagem
fluvial e de pavimentação asfáltica e em remanejamento de linhas de água e
de esgoto na Expansão do Riacho Fundo II.
Ainda houve obras de extensão de rede de energia elétrica no Varjão, em
Samambaia e no Riacho Fundo. Outras obras também estão em execução pela
companhia.
As obras da Novacap ainda estão em execução. Com R$
146.046.463,81 do primeiro repasse, a empresa pública desenvolve programas de
asfaltamento, recuperação do viaduto sul da Rodoviária do Plano Piloto e
complementação da drenagem pluvial de viaduto em Ceilândia, entre outros.
A nova pavimentação viária foi o principal destino dos R$ 28.758.051,74
recebidos da primeira tranche pelo DER-DF. Em Brazlândia, 3,7 quilômetros
foram asfaltados e ainda implementada a ciclovia, no trecho que dá acesso ao
Núcleo Rural Padre Lúcio, próximo à divisa de Goiás. Em São Sebastião, 4,2
quilômetros de pista duplicada foram feitos com o serviço de sinalização.
Governo começará a
pagar o financiamento em janeiro de 2020
Também na cota do DER estão incluídas pavimentação, terraplanagem,
drenagem de áreas rurais e urbanas e sinalização nas vias nos 68,8 quilômetros
que ligam Planaltina à Asa Norte. Os trechos também receberam terminais,
estações de embarque e desembarque.
Com o repasse de R$ 15.662.264,24, a Secretaria de Infraestrutura fez
a pavimentação asfáltica, passeios e meios-fios em Ceilândia, no Plano Piloto e
em Sobradinho. Também houve investimento para a via de acesso ao Núcleo Rural
Sobradinho dos Melos, no Paranoá; construção de estacionamento público,
drenagem pluvial e paisagismo no Setor Bancário Norte; limpeza e assentamento
de placas de concreto, alambrado e plantio de mudas na margem da BR-060 em
Samambaia; construção de praça e calçada em Santa Maria.
A segunda tranche não foi totalmente liberada. Segundo a Secretaria
de Planejamento, a Caesb receberá R$ 41.291.297,44; a Codhab,
R$ 21.937.159,79; o DER, R$ 55.896.916,68; a Novacap, R$
53.384.626,09 e a Secretaria de Infraestrutura, R$ 17.515.000.
Os órgãos deverão continuar investindo em infraestrutura para a
capital. O governo de Brasília tem cinco anos para começar a
pagar o financiamento do Banco do Brasil. A primeira parcela está prevista para
janeiro de 2020.
Galeria de Fotos: ( goo.gl/jFcIfQ )
Agência Brasília