Iniciativa faz parte do programa Ame, mas não sofra, da Secretaria de Justiça e Cidadania. O objetivo é capacitar pessoas para enfrentamento da dependência química.
As inscrições
para o curso se encerram na segunda-feira (28), e não abertas nesse dia,
conforme informado anteriormente.
Informação
é fundamental para ajudar um familiar dependente químico. Para suprir essa
necessidade, será ministrado a partir de 29 de novembro o 2º Curso de Multiplicadores de Apoio às Famílias,
no auditório da Fundação de Ensino e
Pesquisa em Ciências da Saúde, na W3 Norte.
A
iniciativa é uma das linhas do programa “Ame,
mas não sofra”, da Subsecretaria
de Políticas para Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas,
da pasta de Justiça e Cidadania.
O objetivo é dar suporte a familiares de usuários em relação aos cuidados e às
abordagens possíveis no enfrentamento do vício.
Outro
aspecto importante da capacitação é o reconhecimento da codependência, ou seja,
a situação enfrentada por aqueles que acompanham a rotina de um dependente químico.
Mesmo que eles não consumam nenhuma substância, também ficam reféns do problema.
Podem
participar parentes de dependentes químicos em qualquer grau. Por meio de
palestras e oficinas, os inscritos discutem temas como a importância do apoio
da família no enfrentamento do problema, o trabalho desenvolvido pelas
comunidades terapêuticas e as formas de romper com a codependência.
Assim, com
os esclarecimentos adquiridos no curso, os participantes têm condição de
repassar o aprendizado às pessoas com quem convivem, e que estejam em situação
semelhante.
A ideia é
facilitar o contato com os programas de atendimento do governo. “As famílias
ficam extremamente perdidas sobre o que fazer. Elas têm dificuldade em procurar
informações e os multiplicadores podem auxiliar no processo”, afirma o subsecretário de Políticas para Justiça, Cidadania e
Prevenção ao Uso de Drogas, Hugo Lima.
As inscrições
vão até segunda-feira (28), por meio do site da secretaria, do e-mail inscricoes.ame@gmail.com
ou dos telefones (61) 2104-1870 e 2104-1819.
Curso tem boa avaliação dos participantes
Em três
anos de atividades do programa, o nível de aprovação é alto. Levantamento da Secretaria
de Justiça e Cidadania ouviu 237 pessoas, entre 6 e 31 de outubro deste ano, e
encontrou um índice de satisfação de 56%. A maioria delas — 59% (139 em números
absolutos) — teve contato com a iniciativa por meio do Curso de Multiplicadores.
Desde
2013, a iniciativa atendeu a 3.376 pessoas, sendo 1.325 por meio do curso,
1.942 nas unidades de apoio às famílias e 109 na unidade itinerante — outras
duas linhas de atuação do projeto.
Mães são
os familiares que mais procuram o programa, como mostra a pesquisa. Elas são
46% dos participantes. Em segundo lugar — 14% dos participantes — aparecem as
companheiras de usuários.
O Distrito
Federal tem 594 mil habitantes com algum familiar adicto, de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em 34% dos casos de vício, a
maconha é a droga mais consumida. Em seguida, vem o álcool, com 25% dos
registros.
A dependência
química se concentra em duas faixas etárias: dos 21 aos 30 anos e a partir dos
41 anos, de acordo com a pesquisa. Nos adultos jovens, o vício está ligado a
problemas na família, como ausência do pai ou da mãe durante a adolescência.
Na fase
madura, ela está relacionada à vulnerabilidade social, geralmente provocada
pela perda do emprego. Em ambos os casos, é necessário fortalecer o convívio
familiar e resolver os conflitos domésticos para ajudar o adicto.
Agência Brasília