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Juiz Sérgio Moro ouve testemunhas de acusação em ação contra Antônio Palocci

Antonio Palocci está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

Audiência será nesta quarta (1º), na sede da Justiça Federal, em Curitiba. Entre as testemunhas está o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, começa a ouvir as testemunhas de acusação em um processo da 35ª fase que envolve o ex-ministro Antônio Palocci. A audiência começa a partir das 14h, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

Entre as testemunhas que devem ser ouvidas estão o dono da empreiteira UTC Engenharia Ricardo Pessoa o ex-diretor financeiro Walmir Pinheiro Santana.

Palocci está preso desde o dia 26 de setembro do ano passado e atualmente está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), na capital paranaense. Ele foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda de Lula – ambos do Partido dos Trabalhadores (PT).

De acordo o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que o Palocci e Branislav Kontic receberam propina para atuar em favor da Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.

O ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht.

Moro aceitou a denúncia do MPF contra o ex-ministroe outras 14 pessoas em novembro do ano passado. As denúncias tratam de crimes como corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Suspeitas de propina
As suspeitas sobre Palocci na Lava Jato surgiram na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele disse que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef lhe pediu R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff. O pedido teria sido feito por encomenda de Palocci. Youssef cumpre pena em regime domiciliar.

No caso específico da denúncia, a denúncia trata de pagamentos feitos para beneficiar a empresa SeteBrasil, que fechou contratos com a Petrobras para a construção de 21 sondas de perfuração no pré-sal. O caso foi delatado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.

O MPF acredita que o valor pago pela Odebrecht a título de propina pela intermediação do negócio chegou a R$ 252.586.466,55. Esse valor foi dividido entre as pessoas que aparecem na denúncia. Em troca disso, a Odebrecht firmou contratos que, somados, chegaram a R$ 28 bilhões.



Do G1 PR

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