Para alcançar a meta, secretaria capacita os servidores que aceitaram
migrar para o novo modelo da atenção primária no DF
Grande
aposta do governo para melhorar a atenção primária no Distrito Federal, a Estratégia Saúde da Família terá
a cobertura ampliada de pouco mais de 30% para 55%, em dois meses.
Para
isso, a Secretaria de Saúde compõe equipes de transição, com
profissionais que trabalhavam no modelo tradicional e aceitaram integrar a
conversão para a nova proposta. O prazo para que eles
demonstrassem interesse terminou no fim de março.
Foram
inscritos 155 médicos, 406 enfermeiros e 1.130 técnicos em enfermagem. Com
isso, é possível criar 155 equipes, que aumentarão a cobertura em todas as sete regiões de saúde ( goo.gl/XiMHCa ) antes do fim de
2017.
Para
atuarem dentro do novo modelo, os servidores serão capacitados em cinco
módulos. Uma primeira turma concluiu o primeiro em 9 de maio, com 20
horas/aula, no auditório da Polícia Civil do DF. A partir de junho, começam os
outros quatro, com assuntos relacionados à saúde da criança, à saúde da mulher,
a doenças crônicas e a demandas espontâneas.
Em
paralelo, os membros das equipes farão matriciamento, ou seja, trocarão
experiência de suas respectivas áreas de conhecimento. Isso para que estejam
seguros para atender pacientes de qualquer idade.
Primeira fase da capacitação é para profissionais com ensino superior
Durante o
primeiro módulo, que terminou em 9 de maio e foi dividido em dois encontros, os
inscritos na capacitação ouviram a experiência de profissionais que já
trabalham na Estratégia Saúde da Família.
Eles
falaram, entre outras coisas, sobre princípios do método, trabalho em equipe e
a importância de um cuidado continuado. “É uma realidade totalmente diferente
do que é adotado no modelo tradicional”, resume o coordenador Marcos Quito.
Apenas
profissionais com ensino superior participaram dessa primeira fase. Além do
conteúdo presencial, a assessora da coordenação para o projeto de conversão,
Eliene Ferreira de Sousa, conta que os servidores levaram atividades para casa.
“São perguntas provocadoras para que eles possam refletir sobre como melhorar a
prática e sobre o que, de fato, é a estratégia.”
O
secretário de Saúde, Humberto Fonseca, explica que a ampliação da estratégia é
possível graças às nomeações de novos profissionais, à mudança de carga horária
e ao redimensionamento da força de trabalho. “Com essas movimentações, a gente
consegue em julho de 2018 ter 75% de cobertura.”
"Com
essas movimentações, a gente consegue em julho de 2018 ter 75% de
cobertura" - (Humberto Fonseca, secretário de Saúde)
Fonseca
afirma que Brasília tem uma das menores taxas de cobertura do País, mas garante
que há condições de aumentar esse número de forma contínua. Isso porque o
governo local implementa o modelo com servidores próprios e com legislação
específica. Em 15 de fevereiro, foi publicada a Portaria n° 77, que
estabelece que toda a atenção primária funcione dentro da estratégia.
Regiões de saúde têm cronograma para a conversão do modelo
Para o
coordenador de Atenção Primária à Saúde da secretaria, Marcos Quito, a mudança
é “uma grande reforma sanitária, que já influencia em outros níveis de saúde
além da atenção primária”. Segundo ele, será feito um balanço para calcular o
real impacto disso nas emergências, por exemplo.
Ainda de
acordo com Quito, as sete regiões de saúde trabalham em cronogramas para que
determinadas unidades comecem a funcionar como unidades de transição. Em Ceilândia, duas já passaram a
atender exclusivamente com essas equipes.
Galeria
de Fotos – ( goo.gl/F9SrHW )
Agência
Brasília