Devolução dos espaços aos brasilienses faz parte da comemoração dos 57
anos do Lago Sul e representa os esforços para democratizar o acesso à orla do
Lago Paranoá
O governador Rodrigo Rollemberg acompanhado da esposa e colaboradora do
governo, Márcia Rollemberg, e gestores da Administração Pública participaram do
descerramento da placa que marcou a reabertura dos parques. Foto: Pedro
Ventura/Agência Brasília
Os Parques da Asa Delta e da Península Sul, ambos na QL 12 do Lago Sul,
foram devolvidos à população neste domingo (27). Após processo de desobstrução
da área pública, iniciado em agosto de 2015, os locais contam com seis
quilômetros de pista compartilhada por pedestres e ciclistas.
O
governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, acompanhado da esposa e
colaboradora do governo, Márcia Rollemberg, além de integrantes da
administração pública local, participou da cerimônia de reabertura dos espaços.
A atividade faz parte das comemorações pelos 57 anos do Lago Sul.
Rollemberg
destacou que tornar livre a orla do Lago Paranoá é uma forma de garantir
cidadania aos brasilienses. “Democratizar o lago é democratizar Brasília.
Estamos retomando a escala bucólica proposta por Lucio Costa quando ele
planejou a cidade”, defendeu.
Na
ocasião, foi assinada a ordem de serviço para instalação de três decks que
ligarão os dois parques. A madeira que será utilizada nas estruturas é
certificada por órgãos ambientais e aprovada para esse uso.
A
Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos vai contratar a obra por meio
da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
A
democratização do acesso ao Lago Paranoá representa uma mudança no modelo de
convivência na cidade, de acordo com o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. “O
que vemos aqui parte de uma concepção grandiosa de ocupação da cidade por sua
população.”
''Democratizar o lago é democratizar Brasília.
Estamos retomando a escala bucólica proposta por Lucio Costa quando ele
planejou a cidade'' - (Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília)
O
paisagismo do Parque da Asa Delta contou com o plantio de 1.375 mudas de
espécies do Cerrado, como ipês, quaresmeiras, cagaiteiras, entre outras. O
Anfiteatro Natural do Lago Sul, localizado no parque, recebeu poda de
árvores, roçagem da vegetação, limpeza, pintura de meios-fios e cercamento.
Em toda a
região, durante a desobstrução, foram retirados 2.373 metros de cercas e
alambrados, 170 metros de grades, 15 metros de muros, 120 metros de balaústres
de concreto e 40 metros de chapas metálicas.
Dos seis
quilômetros de pista compartilhada, 2,5 km foram construídos no Asa Delta. Os
outros 3,5 km já existiam no Parque da Península e foram alargados — passaram
de dois para quatro metros de largura.
No
evento, também foi anunciada a implementação de 612 luminárias de LED para que
os parques possam ser usados no período noturno. A obra tem custo total de R$
2,5 milhões.
Como
parte da festa, Rollemberg participou ainda do corte do bolo de aniversário do
Lago Sul e plantou uma muda na orla.
Kitesurf é regulamentado no DF
Antes da
inauguração do Parque da Asa Delta, o governador participou de um café de manhã
com praticantes de kitesurf. O grupo agradeceu pela sanção da Lei 5.938, de 2017,
de iniciativa do deputado distrital Julio César (PRB). A legislação regulamenta
a prática do esporte na orla do Lago Paranoá.
Com isso,
os adeptos da modalidade passam a contar com mais infraestrutura para
desenvolver o esporte. “O kitesurf usa o lago de forma sustentável,
estamos regularizando e dando tranquilidade para que continuem com a prática
neste local”, disse o governador.
Plano Orla Livre visa tornar o
Lago Paranoá mais acessível
Com o
objetivo de tornar o lago um ponto de encontro mais acessível, organizado e com
diversas opções de lazer, o governo de Brasília lançou, em dezembro, o Plano Orla Livre.
O
projeto, possível pela retirada de ocupações irregulares das margens do
reservatório, representa um esforço conjunto de diversas pastas do
governo, como destaca o secretário de Meio Ambiente, André Lima. “Temos o
desafio de integrar as ações ambientais a todas as áreas do governo”, avaliou.
Além
disso, existe o compromisso de ampliar a consciência ambiental da comunidade.
“Não se trata só de plantar árvore, precisamos aumentar a agenda ambiental
junto à população. Um dos passos para isso é dar condições de ela estar nos
parques e ter qualidade de vida”, opinou.
***
Pronunciamento do governador de
Brasília, Rodrigo Rollemberg, neste domingo (27/8), durante a solenidade de
reinauguração dos parques da Península e Asa Delta
É uma alegria muito grande poder estar aqui, nesta manhã de domingo, com
vocês. Como vocês estão vendo aqui, esse parque se chama Parque Asa Delta porque
aqui as pessoas aprendem voo livre, e nós acabamos de vir de outro espaço
fantástico, que é o Parque da Península, onde as pessoas fazem as suas
atividades de kitesurf. Quero aqui fazer um agradecimento muito especial a
algumas instituições, e eu quero cumprimentar todos os servidores dessas
instituições. Começo pela Casa Civil, pela Secretaria de Meio Ambiente, pela
Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, e tenho um agradecimento
especial ao Coimbra, ao Márcio Buzar, ao Júlio Menegotto, ao Batelli, pelo
acompanhamento da obra. Faço um agradecimento especial, na Casa Civil, ao
Sérgio Sampaio e ao Fábio, que coordenou todo esse processo, à Agefis, ao
Ibram, à Segeth, que teve um papel muito importante, enfim, todas as
secretarias do governo se sintam aqui reconhecidas, se sintam cumprimentadas,
agradecidas por esse trabalho.
Minha gente, na sexta-feira, Brasília recebeu, no México, o título de
Cidade Sustentável. E recebeu esse título pela desativação do lixão da
Estrutural, que era o segundo maior lixão do mundo, e que é uma vergonha ou
indignidade para a capital do Brasil e para todos os brasileiros. E nós estamos
desativando o Lixão da Estrutural com a incorporação no processo produtivo, de
forma adequada, dos catadores de material reciclável. Há pouco, em Madri, nós
recebemos o título de Cidade da Paz, e hoje nós podemos dizer que a gente
lamenta muito, fica muito entristecido, em ver nos jornais a morte do centésimo
policial militar no Rio de Janeiro em oito meses. Nós, este ano, temos o menor
número de homicídios nos últimos 29 anos no Distrito Federal.
Nós pegamos uma situação muito difícil, nunca tivemos uma crise tão
grande econômica e política em toda a história brasileira, estamos há 2 anos e
8 meses vivendo uma verdadeira depressão econômica. Mas nesse período, com
muito trabalho, com muita dedicação, com muito esforço de todos, nós
conseguimos universalizar a educação infantil para todas as crianças de 4 e 5
anos. É a primeira vez que isso acontece na história de Brasília. Nós já entregamos
41 escolas, entre 21 creches, 8 centros de línguas e 12 escolas, e vamos
entregar mais outras agora nas próximas semanas. Nós estamos fazendo a maior
obra viária da história de Brasília, com 26 viadutos e pontes na Saída Norte.
Nunca houve uma intervenção viária na Saída Norte desde Juscelino Kubitschek.
Nós estamos construindo um hospital; a revista Isto é mostra o número de
hospitais que foram fechados no Brasil ao longo deste ano em função da crise, e
nós estamos concluindo o bloco 2 do Hospital da Criança, que hoje tem 20 leitos
e terá 220 para atender a demanda de média e alta complexidade de pediatria.
Nós estamos construindo 3 unidades de captação de água no Distrito
Federal que vão resolver a crise hídrica pelo menos pelos próximos 30 anos.
Duas nós vamos inaugurar agora no mês de setembro, a do Bananal e a do Lago
Paranoá. Outra no ano que vem, que é a Estação de Tratamento de Corumbá. Nós já
inauguramos a Estação de Tratamento de Esgoto mais moderna do Brasil, na cidade
de Águas Lindas, em Goiás, para poder garantir a qualidade das águas do
Descoberto. Nós já entregamos 30,5 mil escrituras, que é mais do que qualquer
outro governo entregou. Já entregamos 12 mil unidades habitacionais, mas eu
quero dizer que tem duas obras que, para mim, têm caráter simbólico
diferenciado; elas significam um salto civilizatório, elas significam que
Brasília vai dar o passo verdadeiro para a modernidade. Uma delas já me referi,
é a desativação do lixão da Estrutural com a construção do Aterro Sanitário,
com a incorporação dos catadores de material reciclável no processo produtivo.
Nós estamos inovando; hoje, em 5 cidades quem faz a coleta seletiva são
cooperativas de catadores. Hoje, nós estamos contratando as cooperativas de
catadores para fazer a separação do material reciclado e pagando a eles por
esse trabalho.
E a outra obra, minha gente, é a democratização da orla do Lago Paranoá.
A Jane foi muito feliz quando disse que nós estamos hoje iniciando, porque isso
aqui é o início de uma entrega. Tem um caráter, um simbolismo, mas ainda não é
a entrega. Mas nós estamos dando um passo fundamental para resgatar a escala
bucólica de Brasília, porque não é justo, minha gente. Eu sei que foi um
incômodo para muita gente que há 20, 30, 40 anos se acostumou a usufruir da orla
do lago como algo particular, mas não seria justo com os 3 milhões de
habitantes de Brasília, não seria justo com a população brasileira que essa
maravilha, esse lugar mais bonito que tem no centro do Brasil, pudesse ficar
restrito a centenas de pessoas quando poderia estar sendo usufruído por milhões
de pessoas de todo o país.
Aqui, nós estamos iniciando a devolução do Lago Paranoá à população de
Brasília. Nós já fizemos 6,5km de pistas de caminhada e de pistas de ciclismo,
nós estamos iniciando a iluminação toda com LED para garantir a segurança, nós
plantamos, nesses dois parques, 1.375 árvores nativas, das quais 476 ipês que
vão embelezar ainda mais essa área. Nós já contratamos a empresa que está
fazendo os deques que vão ligar todos esses parques, Parque Asa Delta, Parque
da Península, o Pontão do Lago Sul, depois a QL 10 até chegar o Deck Sul e,
posteriormente, toda essa orla do Lago Paranoá será devolvida à população de
Brasília.
Essa é uma Brasília cidadã, esse passo que nós estamos dando, que eu
chamo de salto civilizatório, é em direção à cidadania, a uma cidade melhor
para todos. Carregada de um simbolismo muito grande, porque não tenho dúvida de
que nós teremos uma cidade mais saudável, uma cidade em que as famílias possam
vir de forma ordenada, de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente, mas
para que possam fazer o kitesurf, que possam aprender o voo livre, possam fazer
remo, possam nadar, possam fazer piquenique, possam usufruir com as crianças,
com os jovens, com os adultos, com os idosos, com as famílias desse espaço
público maravilhoso que é o Lago Paranoá.
Eu quero dizer que estou muito feliz, emocionado. Essa foi uma obra que
cobrei muito desde o início. Quando nos deparamos com a decisão judicial, que,
como disse a Jane, todos os governos protelaram, recorreram, eu disse não, essa
decisão é correta, nós vamos cumpri-la integralmente porque o lago é de todos.
O lago é a nossa praia, e a praia não pode ser de alguns, a praia tem que ser
de todos. E revitalizar o lago é revitalizar Brasília, democratizar o lago é
democratizar Brasília, e hoje nós podemos dizer que estamos democratizando a
capital da República e dando um sinal para o Brasil. Num momento como esse, em que
a política está chafurdada na lama, nós podemos dizer, de cabeça erguida, que
temos um governo sério, um governo correto, um governo que cumpre a lei, um
governo que não teve uma denúncia de corrupção em torno dele, e um governo que
está democratizando a cidade, devolvendo o lago a sua população. É uma Brasília
cidadã, e viva Brasília!
Rodrigo Rollemberg
Galeria de Fotos: - ( goo.gl/tj9NpQ )
Agência Brasília