Faltam nove meses
Nove meses. Esse é o tempo que
resta ao governador Rodrigo Rollemberg para consolidar a educação para o
trânsito nas escolas do Distrito Federal e tornar Brasília um exemplo nacional,
assim como ocorreu, há 21 anos, com respeito à faixa de pedestres. O projeto
começou a ser implantado. O tema é abordado de forma transversal, ou seja,
ainda não é uma disciplina, como matemática ou biologia. É preciso ir além.
Para se tornar, de fato, uma política de Estado permanente, o sucesso da proposta depende de vários fatores: vontade política; comprometimento com uma política continuada de prevenção dos acidentes de trânsito; articulação e integração de diferentes setores do governo; e quebra de paradigmas. Por isso mesmo, é necessário criar mecanismos para incluir projeto na grade curricular. Não é tarefa fácil, mas não vejo um caminho mais eficiente e seguro que a educação dos futuros condutores no banco da escola para reduzir as atrocidades nas vias.
A duras penas, o número de mortos na capital tem caído sistematicamente. Faz cinco anos que o índice de óbitos por 10 mil veículos está abaixo de 3, que é o considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde. É motivo de comemoração, mas há vários fatores que precisam ser considerados: quanto mais se reduzem os números, mais difícil fica bater as metas, pois, a frota de veículos cresce, em média, 3% ao ano desde 2015; o número de condutores aumenta diariamente, assim como a população. Tudo isso pesa na balança e aumenta o risco de fatalidades.
Estamos em um momento crucial em que, somente a fiscalização e as obras de engenharia serão insuficientes para conter os desastres nas vias. É urgente que comecemos a formar motoristas cidadãos. E estes, só os teremos nas ruas com um projeto de educação consistente e continuado. Não podemos correr o risco de a iniciativa que se apresenta agora se perder a depender dos gestores das áreas diretamente envolvidas ou do chefe do Executivo. Ainda temos pelo menos nove meses pela frente, governador.
Para se tornar, de fato, uma política de Estado permanente, o sucesso da proposta depende de vários fatores: vontade política; comprometimento com uma política continuada de prevenção dos acidentes de trânsito; articulação e integração de diferentes setores do governo; e quebra de paradigmas. Por isso mesmo, é necessário criar mecanismos para incluir projeto na grade curricular. Não é tarefa fácil, mas não vejo um caminho mais eficiente e seguro que a educação dos futuros condutores no banco da escola para reduzir as atrocidades nas vias.
A duras penas, o número de mortos na capital tem caído sistematicamente. Faz cinco anos que o índice de óbitos por 10 mil veículos está abaixo de 3, que é o considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde. É motivo de comemoração, mas há vários fatores que precisam ser considerados: quanto mais se reduzem os números, mais difícil fica bater as metas, pois, a frota de veículos cresce, em média, 3% ao ano desde 2015; o número de condutores aumenta diariamente, assim como a população. Tudo isso pesa na balança e aumenta o risco de fatalidades.
Estamos em um momento crucial em que, somente a fiscalização e as obras de engenharia serão insuficientes para conter os desastres nas vias. É urgente que comecemos a formar motoristas cidadãos. E estes, só os teremos nas ruas com um projeto de educação consistente e continuado. Não podemos correr o risco de a iniciativa que se apresenta agora se perder a depender dos gestores das áreas diretamente envolvidas ou do chefe do Executivo. Ainda temos pelo menos nove meses pela frente, governador.
Por Adriana Bernardes – Correio Braziliense
– (Foto: Tony Winston/Agência Brasília) - Ilustração: Blog - Google