Após convenção regional,
PSB tenta recuperar antigos coligados e emplacar nomes novos
O PSB
vive um momento otimista para as eleições. A oposição bate cabeça para compor
chapas e Rollemberg nunca esteve distante dos adversários atuais nas pesquisas
preliminares de intenção de votos. Encabeçando uma coligação enxuta de apenas
três siglas, a esperança do partido é reaglutinar a esquerda ressentida com o
governador e tentar repetir o desempenho de 2014.
“A mágoa dos outros partidos de esquerda não é
sobre políticas públicas, é uma questão política”, defende o presidente
regional do PSB, Tiago Coelho.
Para ele, pautas levadas adiantes pela sigla como a
desobstrução da orla do Lago Paranoá e a desativação do Lixão da Estrutural
eram anseios de vários antigos aliados. “As críticas são do dia a dia e é algo
superável por meio do diálogo. Por isso vamos tentar trazê-los de volta”, traça
a estratégia.
A missão será dura, uma vez que partidos como o PT,
dono de 1 milhão de votos em 2014, reforça diariamente sua oposição a
Rollemberg. PPL e PCdoB, que foram cortejados pelo PSB, principalmente após a
Rede fechar com os governistas, também marcam posição contrária.
A grande esperança é que o PDT se reaproxime por
imposição da Executiva Nacional. No último sábado (28), durante a convenção
regional do PSB que oficializou a candidatura à reeleição de Rollemberg, o
governador defendeu abertamente a aliança com o presidenciável Ciro Gomes. Se
sacramentada a junção nacionalmente, ele poderia angariar para seu palanque
nomes como Joe Valle e Cláudio Abrantes, mesmo a contragosto deles.
Nomes testados
Na convenção do último sábado, o PSB se recolocou
na disputa por uma vaga no Senado com a ex-secretária de Planejamento Leany
Lemos. Em 2014, o partido se absteve de lançar um nome para o cargo pois
Rollemberg já era senador eleito e deixou o posto para disputar o Buriti.
Ela é apenas um dos vários quadros do partido que
nunca tiveram mandato. Nas nominatas que disputarão as Câmaras Legislativa e
Federal há outros nomes, alguns deles testados à exaustão dentro da própria
máquina do GDF.
O ex-administrador de Brasília, ex-secretário de
Relações Institucionais e ex-secretário do Meio-Ambiente Igor Tokarski, em
busca de se eleger deputado distrital, é um exemplo. O ex-titular da pasta de
Mobilidade e um dos principais articuladores políticos de Rollemberg, Marcos
Dantas, na luta para ser deputado federal, é outro.
A vaga para vice-governadoria, posição problemática
neste mandato para Rodrigo, cotinuou em aberto depois da convenção. O nome
mais cotado até o momento é Eduardo Brandão, presidente regional do PV e
considerado amigo leal do governo. A questão só será fechada, porém, após a
definição de todas as coligações, para não fechar qualquer porta.
Saiba Mais
Além do próprio PSB, a coligação, no momento, conta
também com PV e Rede, que indicou a outra vaga ao Senado para Chico Leite.
Ao todo, o PSB anunciou 35 candidatos a deputado
distrital e sete a deputado federal.
Portanto, há espaço para mais nomes integrarem as
candidaturas para os cargos proporcionais.
Caso o PDT termine no palanque de Rollemberg, o
nome de Peniel Pacheco, atual pré-candidato da sigla para disputar o Buriti, é
citado para ocupar a vaga de vice.
Outro nome de peso a disputar a vaga de deputado
federal pelo PSB é o da ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, recém-filiada
ao partido.
Leila e Thiago Jarjour são outros ex-integrantes do
alto escalão do governo a concorrer.
(*) Eric Zambon – Foto: Humberto Pradera/PSB – Jornal de Brasília