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Uma notícia muito boa de dar ; o Teatro Nacional Cláudio Santoro...


Uma notícia muito boa de dar 

*Por Jane Godoy

Desde março, quando começamos a pensar na proximidade do aniversário de Brasília e na preocupação com o ano de 2020, quando nossa linda capital completará 60 anos, uma retrospectiva começou a passar pela nossa cabeça, como que a querer enumerar tudo aquilo que precisa ser feito e pensado, para que a “casa” esteja limpa, arrumada, bonita e iluminada no dia da festa.

Me veio à cabeça, então, o pensamento inquietante de enumerar todos os itens que, infelizmente, através dos anos,  para simplificar, passamos a chamá-los de Pontos Mortos de Brasília.

Espaços fechados, se deteriorando, sem uso e sem perspectiva de restauração, deixando brasilienses e turistas carentes daqueles lugares, começaram a passear em nossa lembrança como um filme de terror.

Enquanto a lista aumentava — nem é o caso de enumerar aqui — um “fantasma” me assustava e fazia questão de ser, como sempre, o primeiro da lista: o Teatro Nacional Cláudio Santoro.

Por um motivo muito simples que não só justifica como explica e convence. Fechado desde 2014, “para reforma”. Triste passar por aquela pirâmide monumental e pensar que está abandonada, se deteriorando a cada dia e, como sempre acontece, se tornando cada vez mais difícil e onerosa a sua recuperação. Poltronas puídas, escadas, banheiros destruídos, encanamento e rede elétrica em estado deplorável, sujeira por todos os lados. Uma verdadeira ruína.
Pior ficamos quando alguns brasilienses pegaram o avião para o Rio de Janeiro, há uns meses, para assistir, no maravilhoso e restaurado Teatro Municipal, à ópera Carmen, de Bizet, com elenco internacional.

Como sabem o quanto sinto e lamento e o quanto já escrevi sobre o estado de nosso principal teatro, me mandaram a seguinte mensagem: “É muito triste termos que pegar um voo para o Rio, para assistir a grandes peças e óperas. Ao ir cumprimentá-los após a apresentação e sabendo que iriam para São Paulo e Porto Alegre, perguntamos se não viriam para Brasília. ‘Porque vocês não têm teatro à altura por lá’, nos responderam”, contaram.

Porém,  graças a Deus neste contexto existe um porém. Dando vazão à nossa curiosidade e à nossa vontade de ferro de obter boas e animadoras notícias, buscamos quem mais poderia nos proporcionar isso: o maestro Claudio Cohen, diretor da Orquestra Sinfônica daquele teatro que, animado e otimista, contou sobre o projeto de restauração, os contatos que já foram feitos ou que estão sendo feitos, “para transformar aquele teatro à altura da capital da República, obedecendo todas as exigências que aquela construção monumental exige, desde a acústica até os mínimos detalhes, como revestimento de poltronas, cortinas, palco, boca de cena, bastidores, camarins, poço da orquestra, iluminação e tudo o mais!”, revelou.

Por trás de tudo isso folga-nos saber que o Secretário de Estado da Cultura do Distrito Federal, o jovem Adão Cândido, está muito empenhado em levar adiante tamanha responsabilidade, já que todos sabemos que aquela é uma obra de grande porte e que, se trabalharem em três turnos, diariamente, corremos o risco de não termos o nosso teatro pronto para as comemorações dos 60 anos de Brasília.
Mas o importante está acontecendo. Vontade de fazer, de consertar e de restaurar o nosso  patrimônio cultural e artístico. Será a maior alegria voltar a ouvir a nossa Orquestra Sinfônica naquele palco, inundando nossos ouvidos e nosso coração de alegria e da certeza de que, aos 60 anos, Brasília merece o melhor dos presentes, presenteando a população com peças de grande monta, com óperas, shows, apresentações de balé clássico e moderno daqui e de outros países.  Não conseguimos, até o fechamento desta edição, fotos e o projeto de restauração, mas isto não nos impede de acreditar e esperar.

Enviamos ao secretário Adão Cândido toda a nossa fé e confiança de que o destino do Teatro Nacional Claudio Santoro está traçado e que, talvez mais cedo do que a gente imagina, estaremos nos extasiando com o que há de melhor nas artes cênicas, na música, na dança.

Parabéns ao Secretário de Estado da Cultura e ao governador Ibaneis Rocha pela boa notícia.

(*) Jane Godoy – Coluna 360 Graus – Fotos: Breno Fortes/CB/D.A.Press – Arthur Menescal/CB/D.A.Press – Correio Braziliense


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