GDF
reformula projeto e quer levar VLT até o Noroeste. Ibaneis diz que lançará
parceria público-privada para colocar o Veículo Leve sobre Trilhos em
funcionamento
O Governo do Distrito Federal
(GDF) decidiu retomar o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) dentro de
uma parceria público-privada (PPP). Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), o
edital de licitação será lançado ainda no segundo semestre deste ano. A
princípio, pelo menos 11 empresas manifestaram interesse no empreendimento.
De acordo com o governador, a iniciativa foi
completamente remodelada. Nessa terça-feira (30/07/2019), o GDF assinou o
distrato do projeto anterior com a Caixa Econômica Federal (CEF). A decisão foi
tomada após a União negar pedido de reconsideração do governo local para
devolver R$ 26 milhões, antes destinados ao VLT.
A linha do novo VLT sairá do Aeroporto JK em
direção ao Terminal da Asa Sul, próximo à 1ª Delegacia de Polícia. O transporte
seguirá pela W3 Sul e W3 Norte. Nesta fase inicial, os trilhos acabam no Noroeste.
“É um projeto que precisa acontecer. Não aquele do passado”, pontuou Ibaneis.
Por enquanto, o governo não tem os valores consolidados. Pelo planejamento de
Ibaneis, as obras do VLT começarão no início de 2020.
O governador contou os detalhes sobre o novo VLT e
o pacote de privatizações do governo na tarde desta quarta-feira (31/07/2019),
durante o 17º Fórum Latino Americano de Liderança em Infraestrutura, no Centro
de Convenções Brasil 21. Na ocasião, também apresentou os planos de concessões
para empresários.
Cronograma
de privatizações: Além
do VLT, o GDF pretende soltar outros dois editais para as
privatizações das Companhia Energética de Brasília (CEB), de Saneamento
Ambiental do DF (Caesb) e do Metrô antes do final de 2019. Para cumprir esse
cronograma, o Palácio do Buriti fechou parceria com o Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar concessões.
No caso de CEB, Caesb e Metrô, o BNDES assumirá
papel estratégico no projeto de privatizações. “Eu quero o BNDES como o agente
financeiro que vai organizar todas essas privatizações”, afirmou. Ficará sob
responsabilidade do banco bater o martelo para a eventual contratação de
empresas e instituições financeiras durante o processo de concessão.
Tão logo o contrato com o banco seja assinado, a
intenção é apertar o passo para a privatização da CEB e do Metrô. Na sequência,
os técnicos vão analisar o caso da Caesb. As três empresas, segundo o governo,
são deficitárias. “A partir daí, esperamos lançar os editais de licitação até o
final do ano”, assinalou o governador.
“E
interessante é que, com os contratos assinados, nós vamos poder fazer os
aportes financeiros, por meio do BNDES, algumas antecipações, para melhorar a
qualificação da empresa em relação às suas dívidas”, acrescentou Ibaneis.
Dessa forma, o GDF poderá sanar dívidas mais caras
(com juros mais altos) e diminuir os débitos das estatais na praça. “Isso vai
aumentar o valor de mercado. Nós sabemos que a CEB já conseguiu ter um bom
valor de mercado por causa dos passos que iniciamos”, citou.
Outro projeto de destaque na
agenda do GDF é o Gasoduto de Paulínia (SP). Orçado em US$ 1 bilhão, ele prevê
a distribuição de gás por 950 quilômetros. Caso os planos do Executivo local
emplaquem, passará por São Carlos, Ribeirão Preto, Uberaba, Goiânia e Brasília.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, está à frente das
negociações com o governo federal. “Pela primeira vez, nós tivemos um interesse
muito forte da Petrobras. A ideia é fazer também através de PPP”, arrematou
Ibaneis.
Por Francisco Dutra – Foto:
Rafaela Felicciano – Blog-Google - Metrópoles
Tags
GDF


