Ao lado da primeira-dama, Mayara
Noronha, e do filho Mateus, o governador Ibaneis acompanhou de perto as
atividades de abertura do evento no Parque da Cidade
GDF lança oficialmente a campanha de amamentação
Agosto Dourado. Durante o evento,
governador anunciou que destinará recursos de R$ 2 milhões às obras de
revitalização do Parque da Cidade, onde a ação foi aberta junto à Semana
Mundial do Aleitamento Materno
Durante o lançamento da campanha Agosto Dourado,
neste domingo (4), o governador Ibaneis Rocha anunciou um investimento de R$ 2
milhões em obras para a revitalização no Parque da Cidade, onde o evento foi
aberto. As melhorias, segundo ele, serão efetuadas enquanto o GDF faz estudos
para implementar uma Parceria Público Privada (PPP) no local.
“Já estamos melhorando bastante o parque com a
ajuda da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso [Funap], que está aqui, junto
à administração [do Parque da Cidade], fazendo serviços emergenciais, mas já
determinei a colocação de mais recursos para fazermos uma revitalização inicial
”, afirmou Ibaneis. “Sabemos que a PPP demanda estudos que demoram um pouco
mais, e a decisão final será discutida com a população, pois esse é um espaço
da cidade que as pessoas amam”, ressaltou.
Salas de amamentação: Ao lado da primeira-dama
do DF, Mayara Noronha, madrinha do Agosto Dourado, o governador se comprometeu
a montar um plano, com a Secretaria de Saúde (SES/DF), para instalar uma sala
de amamentação em todos os órgãos do GDF. “Dentro da nossa realidade e da
importância do tema, vamos buscar os espaços, principalmente nas secretarias
mais movimentadas, e atender o pedido”, afirmou.
Ibaneis respondeu a uma solicitação feita pela
esposa, que conheceu a sala de amamentação do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e Territórios (TJDFT) e se disse entusiasmada com a ideia. “É um espaço
tão simples, que precisa apenas de uma geladeira e uma poltrona”, destacou
Mayara. “Se o senhor puder exigir que todos os órgãos do GDF criem uma salinha,
com uma geladeira…”.
Mãe de Mateus Noronha de Albuquerque Rocha, de sete
meses, Mayara contou sua experiência com a amamentação do primeiro filho: “Como
mãe de primeira viagem, sofri bastante, mas tive uma rede de apoio muito boa.
Mateus nasceu, e 15 dias depois, eu estava na posse [do governador Ibaneis
Rocha] de salto alto. De lá para cá, a vida ficou muito agitada; seria muito
mais fácil desistir da amamentação, mas eu insisti, estava sempre com minha
bombinha e consegui. A gente sabe da dificuldade das mães que têm que
trabalhar”.
A primeira semana de agosto está instituída como a
Semana Mundial do Aleitamento Materno. No DF, o mês inteiro é dedicado a
esclarecer as mulheres, seus companheiros e a sociedade sobre a importância da
amamentação. A recomendação é que o leite materno seja o alimento exclusivo dos
bebês até os seis meses de vida, preferencialmente complementando essa
alimentação até os 2 anos de idade. O tema deste ano é “Empoderar mães e pais,
favorecer a amamentação. Hoje e para o futuro”.
Centenas de mães levaram seus
bebês para reforçar a campanha de conscientização promovida pela Secretaria de
Saúde
Conscientização: Cerca de 350 mães estiveram
no Parque da Cidade com seus filhos e centenas delas participaram do mamaço,
quando se reuniram para amamentar os bebês ao mesmo tempo. “A mãe tem que saber
que ela é capaz de alimentar seu filho, que o leite dela é suficiente sim”,
ressaltou a coordenadora de Bancos de Leite Humano da SES/DF, Mirian Santos.
“Tem que acabar aquela história das pessoas dizerem que se o bebê está chorando
é por fome. Também é preciso mudar a ideia de que ser mãe é padecer no paraíso.
Amamentar é o paraíso. Se está doendo, algo está errado e é preciso buscar
ajuda do banco de Leite”.
Foi o que fez Emille Lopes, 18, mãe de Heloá, de
quatro meses. “Nos primeiros três dias, era dolorido, mas procurei o banco de
leite de Planaltina, ela pegou o peito direito e ficou bom”, contou. Ainda no
início da vivência como mãe, Emille disse ainda se sentir pouco à vontade para
amamentar público: “Eu me cubro. Na verdade, tenho medo de alguém falar alguma
coisa, eu vou retrucar e vai dar briga”, explica.
A amiga de Emille, Ana Clara Cardoso, também de 18
anos, é mãe há menos tempo, mas disse não se importar com olhares de reprovação
quando amamenta o filho, Alan Pietro, de dois meses. “As pessoas olham, mas nem
ligo. É natural para mim”, revelou.
61%Índice de bebês
do DF alimentados exclusivamente com leite materno
As políticas públicas de incentivo à amamentação no
Distrito Federal são realizadas durante todo o ano – razão pela qual o DF já se
tornou referência em aleitamento materno. O índice nacional de mães que
amamentam seus bebês exclusivamente com leite materno é de 49% e sobe para 61%
no DF, onde 65% das crianças de até um ano são amamentadas, enquanto no Brasil
a taxa é de 50%.
Galeria de Fotos: http://twixar.me/QWl1
Gizella Rodrigues – Fotos: Fotos: Acácio Pinheiro - Agência Brasília




